Balanços

BTG Pactual (BPAC11) desafia mercado com lucro estrondoso no 1° trimestre

Resultados expressivos vieram mesmo em um cenário macroeconômico instável, marcado por incertezas e volatilidade nos mercados internacionais

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BTG Pactual e alvo da Lava Jato e acoes caem 15
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O BTG Pactual (BPAC11) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 3,367 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), alcançando um novo recorde e superando em 17% o resultado do ano anterior.

A receita total também avançou, somando R$ 6,837 bilhões — alta de 1,6% em três meses e de 16,5% na comparação anual.

Esses resultados expressivos vieram mesmo em um cenário macroeconômico instável, marcado por incertezas e volatilidade nos mercados internacionais.

O banco atribui o desempenho à diversificação de suas fontes de receita e ao fortalecimento contínuo de suas operações com clientes. “Os resultados recordes do trimestre refletem a solidez e a resiliência do nosso modelo de negócios”, afirmou Roberto Sallouti, presidente do BTG Pactual.

Impulsionado por áreas estratégicas

A princípio, a performance foi positiva em quase todas as frentes. A área de crédito para empresas, por exemplo, teve receita de R$ 1,932 bilhão, com alta de quase 6% no trimestre e 35% no ano.

Nesse sentido, o portfólio de crédito somou R$ 230,6 bilhões, com destaque para pequenas e médias empresas (PMEs), que responderam por R$ 28,3 bilhões e tiveram um crescimento de 9% no trimestre e de 28,2% em 12 meses.

A gestão de recursos (Asset Management) também se destacou, com receita de R$ 735,3 milhões — avanço de 11% no trimestre e 28% na comparação anual.

No Wealth Management & Consumer Banking, a receita atingiu R$ 1,048 bilhão, crescendo 9% em três meses e 19% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

Crescimento em clientes e aquisições estratégicas

O banco também viu uma forte entrada líquida de recursos de clientes (net new money), que totalizou R$ 105 bilhões no trimestre, sendo R$ 88,1 bilhões só na área de Wealth Management.

Parte significativa desse valor — aproximadamente R$ 60 bilhões — veio da aquisição da operação brasileira do Julius Baer.

Em abril, o BTG anunciou mais uma aquisição estratégica: a compra do Multi Family Office da JGP, que adiciona R$ 18 bilhões sob gestão ao portfólio do banco.

Dessa forma, os recursos de terceiros administrados pela instituição chegaram a R$ 2,02 trilhões, ante R$ 1,892 trilhão no fim de 2024.

Desempenho misto em algumas áreas

Apesar dos avanços, nem todos os setores tiveram resultados positivos. A área de banco de investimentos viu sua receita cair 25% frente ao trimestre anterior e 42% na base anual, impactada pela menor atividade em mercados de dívida e fusões e aquisições.

Além disso, a divisão de Sales & Trading também registrou queda: 15% no trimestre e 4% no ano.

Quanto ao retorno ajustado sobre o patrimônio líquido (ROAE) anualizado, o banco marcou um total de 23,2%, levemente acima dos 23% do último trimestre de 2024.

Já o índice de Basileia, que mede a solidez do capital do banco, fechou o trimestre em 15,4%.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.