
O BTG Pactual revisou sua estratégia e substituiu a Petrobras (PETR4) pela PRIO (PRIO3) como sua principal recomendação de investimento no setor de petróleo e gás.
A decisão foi motivada por uma avaliação dos riscos associados à volatilidade dos preços do petróleo e ao desempenho recente das ações da Petrobras.
O BTG reconheceu que não antecipou completamente os riscos de queda nos preços do petróleo, especialmente em relação à retórica do “Dia da Libertação” do presidente Donald Trump, o que contribuiu para o desempenho inferior da Petrobras em abril.
Apesar de não esperar uma recuperação imediata do Brent, o banco acredita que a PRIO oferece uma proteção mais eficaz contra a queda da commodity.
Na última terça-feira (27), o Brent fechou em queda de 0,86% a US$ 63,57. Enquanto as ações da Prio encerram o pregão do dia em alta de 0,92%, cotadas a R$ 39,41.
Retorno de 100% do valor de mercado da Prio
Sobretudo, o BTG destaca que a PRIO está em um processo de desalavancagem que se estenderá até 2026.
Com o petróleo na casa dos US$ 63 por barril, estima-se que a empresa possa gerar um retorno de 100% de seu valor de mercado em fluxo de caixa entre 2026 e 2028.
No entanto, o banco alerta para riscos operacionais que podem impactar a produção esperada.
Nesse sentido, o BTG reiterou a recomendação de compra para as ações PRIO3, ajustando o preço-alvo de R$ 72,00 para R$ 68,00, refletindo uma visão mais cautelosa diante das recentes medidas governamentais que afetam o setor de óleo e gás.