
- Lucro líquido salta 62% no 1º trimestre de 2025, para US$ 352,9 milhões com IFRS-16
- Ebitda recua 7%, para US$ 444,9 milhões, refletindo ajustes contábeis e efeitos pontuais
- Prio compra participação da Equinor no campo de Peregrino por US$ 3,5 bilhões, reforçando estratégia de expansão
A Prio (PRIO3), maior empresa independente de óleo e gás do Brasil, surpreendeu o mercado ao divulgar um lucro líquido de US$ 352,9 milhões no primeiro trimestre de 2025, contudo, uma alta expressiva de 62% em relação ao mesmo período do ano passado.
Mesmo com uma leve queda no Ebitda, os resultados reforçam a força operacional da petroleira, que acaba de anunciar a aquisição da participação da Equinor no campo de Peregrino por US$ 3,5 bilhões.
Os números constam no balanço divulgado nesta terça-feira (6) e já refletem os ajustes da norma contábil IFRS-16. Excluindo esses efeitos, o lucro líquido da Prio cresceu 54% na comparação anual, atingindo US$ 344,7 milhões.
O desempenho financeiro robusto ocorre em meio a uma fase agressiva de expansão da empresa, que segue aumentando sua presença no setor offshore brasileiro.
No entanto, nem todos os indicadores foram positivos: o lucro operacional medido pelo Ebitda recuou 7% no trimestre, totalizando US$ 444,9 milhões. Quando descontados os efeitos da IFRS-16, o Ebitda ajustado foi de US$ 432,2 milhões, também 7% menor que o registrado entre janeiro e março de 2024.
Apesar disso, analistas apontam que o recuo se deu principalmente por fatores não recorrentes e ajustes contábeis, e não por perda de eficiência ou produtividade.
Prio acelera com lucro recorde e aquisições estratégicas
A Prio, anteriormente conhecida como PetroRio, consolidou-se nos últimos anos como um dos principais players privados do setor de óleo e gás no Brasil. Com um modelo de negócios focado em campos maduros offshore e projetos de revitalização com alta taxa de retorno, a empresa vem crescendo exponencialmente, tanto em produção quanto em geração de valor aos acionistas.
A mais recente jogada estratégica foi o anúncio da compra da participação da norueguesa Equinor no campo de Peregrino, na Bacia de Campos. A transação de US$ 3,5 bilhões marca a maior aquisição da história da Prio. Dessa forma, reforçando sua estratégia de ampliação do portfólio com ativos de alto potencial produtivo.
“O lucro líquido recorde no trimestre mostra que a Prio está colhendo os frutos da sua estratégia eficiente de operação em campos maduros. A aquisição em Peregrino vai colocar a empresa em um novo patamar de produção e receita”, destacou um analista do setor.
Investidores atentos ao futuro
Apesar da queda no Ebitda, o mercado financeiro reagiu de forma positiva ao resultado líquido e à sinalização de crescimento da empresa. A expectativa é que, com a incorporação dos ativos de Peregrino, a Prio aumente substancialmente sua capacidade de produção. Assim, ampliando margens operacionais nos próximos trimestres.
Além disso, a empresa mantém um histórico de disciplina financeira e foco em retorno ao acionista. Dessa forma, o que tende a manter os papéis da companhia entre os favoritos de investidores que buscam exposição ao setor de energia com boa gestão e rentabilidade crescente.
Com uma trajetória marcada por aquisições certeiras, controle de custos e incremento da produção, a Prio se consolida como um dos principais motores do setor de petróleo brasileiro. Agora com um novo campo bilionário no radar e um lucro impressionante que desafia a lógica de retração operacional.