
As ações da Cosan (CSAN3) operam em queda livre nesta sexta-feira (20), após a alta da Selic para 15%. Por volta das 11:55, os papéis da companhia recuavam 6,25% a R$ 7,50. Apesar desse movimento, analistas apontam que o momento oferece oportunidades, especialmente para investidores pacientes voltados a dividendos.
Com a Selic subindo, o custo da dívida da Cosan aumentou, o que pressiona o lucro e reduz o valor das ações.
Empresas mais alavancadas sofrem mais nesse cenário, porque gastam mais com juros e têm menor margem para investir ou distribuir lucros.
A dívida líquida atual da empresa é de aproximadamente R$ 17,5 bilhões, conforme divulgado no encerramento do primeiro trimestre de 2025. Esse montante foi reduzido depois que a Cosan se desfez da fatia que possuía na Vale (VALE3).
Dividendos robustos e perfil atrativo
Apesar dos desafios, a Cosan mantém política de dividendos consistente: distribuição mínima de 25% do lucro líquido ajustado, com pagamento médio de R$ 0,45 por ação.
O dividend yield anual está em 5,6% — bem acima da mediana histórica de 2,86%.
Diante do cenário, analistas projetam um yield de 6% para 2025, com preço teto entre R$ 7,20 e R$ 7,70.
Perspectiva técnica e visão de longo prazo
Com preços oscilando em R$ 7 a R$ 11, analistas técnicos apontam suporte entre R$ 9 e R$ 11, sugerindo potencial de recuperação caso os juros recuem.
Já o investidor de longo prazo vê valor na diversificação entre energia, logística, açúcar e etanol, com espaço para ganho assim que o macroeconômico melhorar.
Vale a pena comprar ações da Cosan?
- Para quem busca renda passiva: com dividendos atrativos e políticas consistentes, analistas destacam que a Cosan segue interessante.
- Para investidores cautelosos: a elevada dívida e sensibilidade aos juros exigem paciência e visão de médio/longo prazo.
- Para traders: a volatilidade e zonas de suporte/múltiplos oferecem oportunidades de entrada tática.