
Os investidores da Petrobras (PETR3)(PETR4) têm motivos para comemorar. Isso porque, a estatal anunciou, na última segunda-feira (12), a aprovação do pagamento de R$ 11,72 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).
A decisão foi aprovada pelo conselho de administração da companhia e representa uma antecipação da remuneração aos acionistas referente ao lucro do 1° trimestre.
O valor total equivale a R$ 0,90916619 por ação ordinária e preferencial em circulação, e será distribuído em duas parcelas, previstas para os meses de agosto e setembro de 2025.
Detalhamento dos pagamentos
- Primeira parcela: R$ 0,45458310 por ação, inteiramente sob a forma de JCP, com pagamento agendado para 20 de agosto de 2025 aos acionistas com posição registrada em 2 de junho de 2025. Para os detentores de ADRs (American Depositary Receipts) negociados na NYSE, o record date será em 4 de junho de 2025, e o pagamento ocorrerá em 27 de agosto de 2025.
- Segunda parcela: R$ 0,45458309 por ação, sendo R$ 0,30844749 em dividendos e R$ 0,14613560 em JCP, com pagamento marcado para 22 de setembro de 2025 (no Brasil) e 29 de setembro de 2025 (para ADRs).
Dessa forma, as ações da Petrobras passarão a se negociar ex-direitos a partir de 3 de junho de 2025 na B3, refletindo o corte para o recebimento dos proventos.
Balanço da Petrobras no 1° trimestre de 2025
A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 48,6% em relação ao mesmo período de 2024.
Dessa forma, o resultado veio dentro das expectativas do mercado, que projetava ganhos entre R$ 24 bilhões e R$ 41 bilhões.
A receita de vendas somou R$ 123,1 bilhões, um aumento de 4,6% na comparação anual.
Assim, entre os fatores que impulsionaram os resultados estão:
- Maior produção e venda de petróleo (alta de 5% no volume produzido)
- Aumento na comercialização de combustíveis
- Efeito positivo do câmbio, que contribuiu com R$ 10,6 bilhões ao resultado financeiro
A princípio, os investimentos somaram US$ 4 bilhões no trimestre, com foco no pré-sal, especialmente nos campos de Búzios e Atapu.
Outros destaques:
- Dívida bruta: US$ 64,5 bilhões (+4,3%)
- Dólar médio de venda: R$ 5,84 (+18%)
- Preço dos derivados por barril: R$ 505,84 (+6,2%)
- Brent médio: US$ 75,66 (-9,1%)