Câmbio

DÓLAR HOJE: Veja o que influencia o câmbio nesta segunda-feira (12)

Expectativa por corte de juros nos EUA, avanço nas negociações com a China e decisões do Banco Central brasileiro movimentam o câmbio e aumentam a tensão no mercado

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Dolar
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Cotação do dólar

Na última sexta-feira (9), o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,11%, cotado a R$ 5,64.

O que influencia o dólar hoje?

O dólar opera nesta segunda-feira (12), sob influência direta de incertezas internacionais, com os avanços das negociações entre Estados Unidos (EUA) e China, e da expectativa em relação aos próximos passos da política monetária tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

Há um anúncio previsto para hoje pelo governo de Donald Trump, sobre os avanços significativos nas negociações com a China, o que pode alterar o humor dos mercados.

Caso haja progresso concreto no diálogo entre as duas potências, o dólar tende a se fortalecer globalmente, o que pode pressionar o real.

O mercado aguarda com atenção os desdobramentos das tarifas impostas pelo governo Donald Trump a países que mantêm relações comerciais com os EUA.

A medida preocupa por ter efeitos inflacionários e impactar o crescimento da maior economia do mundo.

Nesse sentido, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, adota uma postura de espera, monitorando como essas tarifas irão impactar o mercado de trabalho e os preços ao consumidor antes de sinalizar qualquer mudança na taxa de juros.

Assim, a dúvida que paira sobre o mercado é quando — e se — começará o ciclo de cortes de juros nos EUA.

Até lá, os investidores se voltam para os discursos dos dirigentes do Fed previstos para esta semana, em busca de qualquer indício mais claro sobre a trajetória da política monetária.

Do lado dos indicadores econômicos, serão divulgados nos próximos dias: inflação ao consumidor, inflação ao produtor, vendas no varejo e produção industrial.

Esses dados devem mostrar o retrato da economia americana antes dos efeitos das tarifas e poderão influenciar as apostas em relação aos juros futuros.

O que acontece no Brasil?

Enquanto isso, no cenário doméstico, o Brasil vive a expectativa em torno da Selic, atualmente em 14,75%.

O mercado observa se o Banco Central (BC) ainda considera necessária mais uma alta de 0,25 ponto percentual ou se esse patamar já representa o fim do ciclo.

A divulgação da Ata do Copom na próxima terça-feira (13) deve esclarecer o que significa a “cautela adicional” mencionada na última reunião.

Dessa forma, a resposta pode afetar o apetite por ativos brasileiros, especialmente diante de um possível estreitamento do diferencial de juros entre Brasil e EUA, o que tornaria o real menos atrativo frente ao dólar.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.