
- Ibovespa opera acima dos 136,9 mil pontos, puxado por Petrobras, Vale e Itaú
- Gol (GOLL4) despenca mais de 31%, após anunciar aumento de capital bilionário
- Dólar comercial oscila perto de R$ 5,66 e juros futuros operam sem direção clara
O Ibovespa voltou a ganhar tração nesta quinta-feira (9), renovando sucessivas máximas pela manhã e operando acima dos 136,9 mil pontos, puxado pelo desempenho positivo de Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e bancos como o Itaú Unibanco.
No entanto, o otimismo não foi generalizado: ações da Gol (GOLL4) entraram em queda livre, desabando mais de 31%, após a companhia aérea anunciar um aumento de capital de até R$ 19,25 bilhões.
O dólar comercial, por sua vez, segue pressionando o câmbio e oscila em R$ 5,66, refletindo tensões externas e ruídos locais sobre a trajetória fiscal. Os juros futuros, enquanto isso, operam de forma mista. Assim, com investidores avaliando dados corporativos, projeções para a inflação e os impactos das últimas declarações de autoridades econômicas.
Petrobras anima o mercado com petróleo
A notícia de que a Petrobras encontrou petróleo de “excelente qualidade” no bloco Aram, no pré-sal, animou os investidores logo no início da sessão. As ações PETR4 abriram com alta superior a 1,3%, com reflexo direto também nas petroleiras juniores como PRIO3 (+2,26%), RECV3 (+5,57%) e BRAV3 (+1,93%).
A confirmação de reservas promissoras reforça o apetite por ativos ligados ao setor de energia, ainda mais em um cenário de valorização do petróleo no exterior.
A Vale (VALE3) também ajudou a puxar o índice, abrindo o pregão em alta de 0,42%, negociada a R$ 52,96, diante de uma leve recuperação no preço do minério de ferro. O movimento conjunto das duas gigantes contribuiu para manter o Ibovespa em território positivo durante toda a manhã.
Gol derrete após anunciar capitalização bilionária
O grande destaque negativo da sessão veio da Gol Linhas Aéreas, que viu suas ações despencarem mais de 31%, sendo negociadas a apenas R$ 0,81, em leilão de abertura.
A queda abrupta foi reação direta ao anúncio de um aumento de capital de até R$ 19,25 bilhões, medida vista pelo mercado como altamente diluidora para os atuais acionistas. O plano visa fortalecer a estrutura de capital da empresa. Mas, reacendeu temores sobre o endividamento e a sustentabilidade financeira da aérea.
O impacto negativo em GOLL4 contaminou o setor de aviação e afetou o humor dos investidores mais expostos a small caps.
Balanços movimentam ações de varejo
O setor bancário começou o dia dividido: Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 2,24% após a divulgação de resultados trimestrais considerados sólidos, enquanto o Bradesco (BBDC4) caiu 1,33%, pressionado por margens mais apertadas.
O setor de varejo teve reações mistas: Lojas Renner (LREN3) disparou 5,63%, a R$ 16,32, após divulgar números do 1T25 que surpreenderam positivamente. Já o Magazine Luiza (MGLU3) caiu quase 3% com resultados aquém das expectativas.
As siderúrgicas, por sua vez, mostraram desempenho fraco: CSNA3 caiu 3,84%, USIM5 recuou 1,25% e GGBR4 perdeu 0,27%. GOAU4 operava praticamente estável. O setor sente a pressão da desaceleração chinesa e da volatilidade nas commodities metálicas.
No mercado de juros futuros, o movimento foi disperso: parte dos contratos curtos subiram, refletindo cautela com inflação e fiscal. Enquanto, os longos recuaram levemente, influenciados por fluxo externo e expectativa de manutenção da Selic.