
- PETR4 cai 3,73% após corte de diesel frustrar expectativas
- MGLU3 derrete 5,04% em novo dia de aversão ao risco no varejo
- COGN3 dispara 8,81% com volta de rumores sobre fusão com Yduqs
O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (5) em queda, pressionado principalmente pelo desempenho negativo da Petrobras (PETR4), que despencou 3,73% após anunciar mais uma redução no preço do diesel.
O corte, embora positivo para os consumidores, foi considerado conservador por analistas e investidores, frustrando expectativas de uma política mais agressiva. A queda de PETR4 teve peso significativo no índice, já que o papel encerrou como o mais negociado do dia, refletindo a sensibilidade do mercado às decisões da estatal.
Vale (VALE3), apesar de ter registrado alta de 0,30%, não conseguiu segurar o tombo do índice. A ausência da referência internacional de preços do minério de ferro, por conta de feriado na China, reduziu o ímpeto de valorização do papel. Entre os bancos, o Banco do Brasil (BBAS3) até tentou ajudar, com valorização de 0,76%, mas não foi suficiente para compensar a queda de Itaú Unibanco (ITUB4), que recuou 1,78%, puxando o setor para o negativo.
Varejo sofre novo golpe, com MGLU3 em queda livre
O setor varejista voltou a patinar forte na Bolsa. A Magazine Luiza (MGLU3) desabou 5,04% e terminou o dia como a maior queda do Ibovespa, pressionada pela aversão ao risco e desconfiança em relação ao desempenho operacional da companhia. Lojas Renner (LREN3) caiu 1,55% e GPA (PCAR3) recuou 2,31%, em meio a incertezas sobre a reestruturação de seu conselho, após o fundo de Nelson Tanure indicar apenas um membro para o colegiado.
No campo dos resultados trimestrais, a M. Dias Branco (MDIA3) decepcionou o mercado com números abaixo do esperado no primeiro trimestre de 2025. A reação foi imediata: os papéis da companhia despencaram 7,10%, marcando uma das piores performances do dia.
No setor aéreo, a Gol (GOLL4) caiu 4,00% após divulgar dados preliminares e a Azul (AZUL4) seguiu sua trajetória negativa com queda de 0,68%, refletindo o ambiente ainda frágil da aviação civil.
Cogna surpreende e lidera altas com boato de fusão com Yduqs
Na contramão do mercado, o setor de educação se destacou positivamente. Cogna (COGN3) disparou 8,81%, liderando os ganhos do dia. Contudo, impulsionada por rumores de uma possível fusão com a concorrente Yduqs (YDUQ3), que também registrou avanço de 2,13%.
A movimentação surpreendeu o mercado e reacendeu o interesse dos investidores em empresas do segmento. Assim, diante da possibilidade de sinergias operacionais e ganho de escala em um setor desafiador.
A notícia não foi confirmada oficialmente. Mas, bastou para impulsionar os papéis das duas companhias, que já vinham operando com forte volatilidade nas últimas semanas. Investidores apostam que uma eventual fusão poderia melhorar a rentabilidade e ampliar a participação de mercado das empresas em meio a um cenário ainda incerto para a educação superior privada no Brasil.