Após atingir um recorde histórico de 140.927 pontos na quinta-feira (3), o Ibovespa (IBOV) abriu esta sexta-feira (4) em modo cautela. Por volta das 10:20, o principal índice da B3 recuava 0,23%, aos 140.599,81 pontos.
A ausência dos investidores norte-americanos — por conta do feriado de Independência dos Estados Unidos — deve trazer liquidez fraca aos mercados globais, inclusive no Brasil.
Altas e baixas do Ibovespa às 10:10
Ação | Último | Var. % | Volume Negociado |
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Vibra (VBBR3) | R$ 22,47 | +2,14% | R$ 223 mil |
Weg (WEGE3) | R$ 43,18 | +1,10% | R$ 74,4 mil |
Vamos (VAMO3) | R$ 4,05 | +0,75% | R$ 88,1 mil |
Klabin (KLBN11) | R$ 19,67 | +0,67% | R$ 29 mil |
Fleury (FLRY3) | R$ 12,95 | +0,70% | R$ 12,1 mil |
Ação | Último | Var. % | Volume Negociado |
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BTG Pactual (BPAC11) | R$ 41,95 | -0,83% | R$ 81,5 mil |
Auren (AURE3) | R$ 9,81 | -0,81% | R$ 43,9 mil |
CVC Brasil (CVCB3) | R$ 2,47 | -0,80% | R$ 632,3 mil |
Petrorecôncavo (RECV3) | R$ 14,60 | -0,75% | R$ 13,4 mil |
BRF (BRFS3) | R$ 19,07 | -0,63% | R$ 74,4 mil |
Baixa liquidez e agenda esvaziada
Com agenda econômica local enxuta, os investidores brasileiros olham para poucos catalisadores nesta sexta.
O destaque do dia deve ser o anúncio de novos investimentos da Petrobras (PETR3)(PETR4), marcado para às 11h, com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Qualquer sinal vindo do governo ou da petroleira poderá mexer com ações de peso do índice.
Nos bastidores de Brasília, ainda repercute o embate institucional sobre o decreto que aumentou o IOF.
Após o governo acionar o STF para reverter a derrubada do texto pelo Congresso, oito partidos do Centrão também recorreram à Corte, defendendo a decisão do Legislativo. A disputa pode gerar novos ruídos fiscais nos próximos dias.
O fantasma do protecionismo global
Apesar do feriado nos EUA, as atenções do mercado internacional estão voltadas à guerra comercial em curso.
O Donald Trump, que caminha como favorito nas eleições de novembro, reiterou que novas tarifas unilaterais começarão a valer em 1º de agosto — e que os países têm até 9 de julho para fechar acordos bilaterais e evitar a taxação.
Segundo Trump, cartas com as novas tarifas já começam a ser enviadas nesta sexta-feira. O republicano também indicou que mais acordos semelhantes ao fechado com o Vietnã devem ser anunciados nos próximos dias.
Enquanto isso, China e Estados Unidos sinalizaram avanços discretos: Pequim se comprometeu a aliviar restrições à exportação de terras raras, e Washington, por sua vez, deve remover barreiras comerciais pontuais impostas à potência asiática.
Outro ponto de atenção é a possível sanção do projeto de lei orçamentária nos EUA, prevista para as 18h (horário de Brasília). Analistas temem que o texto eleve incertezas fiscais em ano eleitoral.
Matérias-primas em direções opostas
No front das commodities, o petróleo ampliava perdas, em meio às tensões comerciais e à expectativa pela reunião da Opep+, que foi antecipada para amanhã. Às 9h, o contrato Brent para setembro caía 0,24%, cotado a US$ 68,29 em Londres.
Já o minério de ferro seguiu trajetória oposta e teve alta de 0,62% na bolsa chinesa de Dalian, encerrando a semana a US$ 102,16, com suporte da demanda asiática e expectativa de estímulos por parte do governo chinês.