
- A mineradora caiu 2,32% após divulgar produção fraca no 1T25, impactando diretamente o índice, que fechou com queda de 0,72%, aos 128.316 pontos
- Itaú, Bradesco e Banco do Brasil reverteram os ganhos do dia e encerraram a sessão com leves perdas, em meio à volatilidade nos juros futuros
- A moeda americana caiu 0,44%, cotada a R$ 5,865, enquanto ABEV3 subiu 1,68%, impulsionada pelos resultados positivos da Heineken no trimestre
O Ibovespa encerrou a sessão desta quarta-feira (16) com queda de 0,72%, aos 128.316,89 pontos, acumulando a segunda baixa consecutiva na semana. O principal índice da Bolsa brasileira perdeu 928,50 pontos no dia, com volume financeiro negociado de R$ 25,10 bilhões.
A principal responsável pela retração foi a Vale (VALE3), que recuou 2,32% após divulgar números de produção abaixo das expectativas no primeiro trimestre de 2025. O desempenho fraco da mineradora, divulgado após o fechamento do pregão anterior, aumentou o pessimismo dos investidores e pressionou o índice.
A queda da Vale teve peso significativo no desempenho do Ibovespa devido à forte representatividade da ação no índice. O mercado reagiu à produção menor de minério de ferro, o que levantou preocupações sobre as projeções da companhia para o restante do ano.
Apesar do petróleo internacional ter avançado ao longo do dia, a Petrobras (PETR4), outro peso-pesado do Ibovespa, não conseguiu sustentar os ganhos. A ação acompanhou o petróleo durante boa parte da sessão, mas perdeu força na reta final e fechou estável, sem variação.
Setor bancário reverte alta e encerra no vermelho
Os principais bancos brasileiros também contribuíram negativamente para o desempenho do índice. Durante a maior parte do pregão, as ações do setor financeiro operaram em alta, acompanhando o movimento de queda nos juros futuros de curto prazo. No entanto, perto do fechamento, o cenário se inverteu. O Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,43%, enquanto Itaú Unibanco (ITUB4) recuou 0,15% e Bradesco (BBDC4) cedeu 0,16%.
A virada nos bancos ocorreu em meio à instabilidade nos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs), que terminaram o dia com comportamento misto. O mercado segue atento à política monetária local e às perspectivas para a trajetória da Selic, que ainda dividem opiniões após as últimas sinalizações do Banco Central.
A volatilidade nos juros futuros refletiu tanto incertezas internas quanto o impacto dos dados macroeconômicos dos Estados Unidos, que ainda reverberam entre os investidores.
Dólar cede, Ambev se destaca e BRAV3 lidera altas
Apesar do cenário negativo na Bolsa, o câmbio apresentou alívio. O dólar comercial caiu 0,44% e encerrou cotado a R$ 5,865, após a alta registrada no dia anterior. A moeda norte-americana, contudo, segue volátil, influenciada pelas preocupações com a economia dos EUA e pela expectativa de cortes nos juros do Federal Reserve ainda neste ano.
No campo das ações, a Ambev (ABEV3) contrariou a tendência de baixa e subiu 1,68%. A valorização se deu após o mercado repercutir positivamente os resultados trimestrais da concorrente Heineken, indicando que o setor de bebidas pode ter desempenho robusto também no Brasil.
Já a ação BRAV3 foi o maior destaque positivo do pregão, com a maior alta entre os papéis do Ibovespa. Na outra ponta, RADL3 terminou o dia como a maior queda da sessão.
A mínima do Ibovespa durante o dia foi de 128.149,10 pontos, e a máxima chegou a 129.605,01. O desempenho, no entanto, reforça o clima de cautela dos investidores, que seguem monitorando de perto as divulgações corporativas e as sinalizações de política monetária, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.
Confira abaixo os resultados das principais ações: