Nelson Tanure faz oferta para comprar Braskem (BRKM5), diz colunista

Atualmente, o controle da companhia está dividido entre Novonor (ex-Odebrecht), com 50,1% das ações com direito a voto, e a Petrobras, que detém o restante

Nelson Tanure faz oferta para comprar Braskem (BRKM5), diz colunista Nelson Tanure faz oferta para comprar Braskem (BRKM5), diz colunista Nelson Tanure faz oferta para comprar Braskem (BRKM5), diz colunista Nelson Tanure faz oferta para comprar Braskem (BRKM5), diz colunista
Braskem Estadao Conteudo ALEX SILVA
Braskem Estadao Conteudo ALEX SILVA

O empresário Nelson Tanure apresentou uma proposta de aquisição da Braskem (BRKM5) — a maior petroquímica da América Latina e, ao mesmo tempo, uma das mais endividadas —, segundo apuração do colunista do O Globo, Lauro Jardim.

A oferta vem em um momento delicado para a companhia, que registrou uma dívida líquida de US$ 6,6 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2024.

Com resultados financeiros em queda livre e um ambiente operacional cada vez mais adverso, a Braskem tornou-se um alvo tanto promissor quanto problemático para investidores dispostos a apostar alto.

Compra da Braskem: uma operação complexa

Atualmente, o controle da Braskem está dividido entre Novonor (ex-Odebrecht), com 50,1% das ações com direito a voto, e a Petrobras, que detém o restante.

Contudo, qualquer mudança de comando na companhia depende da anuência de um consórcio de bancos credores, formado por Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11), Banco do Brasil (BBAS3) e BNDES — todos com interesses sensíveis na reestruturação da dívida da companhia.

Fontes próximas à negociação revelam a Jardim que a proposta de Tanure inclui uma reconfiguração acionária em que a Novonor permaneceria com cerca de 5% de participação na Braskem, sinalizando uma saída controlada da antiga controladora e uma possível reestruturação da governança.

Aposta de risco ou jogada de mestre?

A investida de Tanure — conhecido no mercado por adquirir empresas em crise e reerguê-las com mão firme e negociações duras — é vista com cautela por analistas.

Segundo analistas, a Braskem tem ativos estratégicos e presença internacional, mas o passivo é monumental. “Não é um desafio trivial, mesmo para alguém com o histórico do Tanure”, afirma um gestor de fundos que acompanha o setor.

Nos bastidores, o movimento é interpretado como uma tentativa de assumir uma companhia com potencial industrial relevante, mas cujas fragilidades exigirão renegociação pesada com bancos, ajustes operacionais profundos e uma nova visão estratégica.

As informações são do Lauro Jardim, no O Globo.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.