
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revelou nesta segunda-feira (16) um dado curioso: os países fora do grupo seguem ganhando espaço no mercado global de petróleo, e o protagonismo não está mais apenas no Oriente Médio ou na Rússia.
De acordo com o relatório mensal, a previsão de aumento na produção de petróleo por países fora da Opep+ em 2025 foi mantida em 800 mil barris por dia (bpd).
O dado por si só já é relevante, mas o que chama a atenção é quem está puxando esse crescimento: Estados Unidos, Brasil, Canadá e Argentina.
No caso do Brasil e da Argentina, isso se deve em parte ao avanço de projetos no pré-sal e ao desenvolvimento do potencial de Vaca Muerta, respectivamente.
Um futuro com menos protagonismo do grupo?
Se em 2025 o crescimento da produção fora da Opep+ será de 800 mil bpd, para 2026 a organização revisou para baixo a estimativa, agora de 700 mil bpd (100 mil a menos que a projeção anterior).
Ainda assim, a produção dos países independentes deve alcançar 54,74 milhões de bpd em 2026, em comparação com 54,01 milhões previstos para este ano.
Isso indica que, embora a Opep+ ainda exerça forte influência sobre os preços e a oferta, sua participação relativa pode perder força ao longo do tempo, com o avanço constante de players fora do bloco.
E dentro da Opep+?
A produção conjunta dos membros da Opep+ — que inclui a Rússia e outros grandes produtores não pertencentes à Opep tradicional — aumentou em 180 mil barris por dia em maio, na comparação com abril.
A média de produção do grupo chegou a 41,23 milhões de bpd, segundo fontes secundárias citadas no relatório.