Instabilidade

Petrobras e Vale puxam Ibovespa, mas varejo e bancos travam alta

Índice opera entre perdas e ganhos nesta quinta, com dólar subindo a R$ 5,87 e juros futuros em alta e ações de Petrobras.

Petrobras e Vale puxam Ibovespa, mas varejo e bancos travam alta
  • Ações das duas gigantes operam no positivo, impulsionadas por commodities mais caras
  • Papéis de grandes redes varejistas e instituições financeiras recuam e freiam o avanço do índice
  • Moeda americana chega a R$ 5,87, e curva de juros futuros reage a cenário externo cauteloso

O Ibovespa iniciou esta quinta-feira (17) em clima de instabilidade, oscilando entre leves ganhos e perdas, com o índice sendo sustentado principalmente pelas ações de Petrobras e Vale. Às 10h41, o principal índice da B3 registrava alta de 0,19%, alcançando os 128.566 pontos, após abrir o pregão praticamente estável, com avanço preliminar de 0,02%.

Os papéis PETR3 e PETR4 operavam com altas de 0,82% e 0,98%, respectivamente, enquanto VALE3 subia 0,42%, cotada a R$ 52,78. A valorização das commodities no exterior contribuiu, assim, para o desempenho dessas gigantes. Dessa forma, antendo algum fôlego positivo no mercado doméstico.

As empresas do setor de petróleo também começaram o dia com força: PRIO3 avançava 2,60%, RECV3 subia 1,66% e BRAV3 ganhava 2,65%. Já a Embraer (EMBR3) apresentava valorização de 0,24%, cotada a R$ 62,56.

Esse movimento de alta nos setores de petróleo e aeroespacial ajudou a neutralizar os efeitos negativos trazidos pelos grandes bancos e varejistas.

Dólar avança e juros futuros sobem com cautela no mercado

No câmbio, o dólar comercial apresentava alta de 0,29% às 10h, sendo negociado a R$ 5,87. A primeira parcial da taxa PTAX, divulgada pelo Banco Central às 10h08, mostrou valores de compra a R$ 5,8809 e venda a R$ 5,8815.

O avanço da moeda norte-americana reflete a maior cautela global, com os investidores atentos aos desdobramentos das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, além das incertezas sobre a política monetária norte-americana.

Ao mesmo tempo, os juros futuros operavam em alta, com os investidores ajustando posições diante das pressões inflacionárias e da expectativa de manutenção da taxa Selic no curto prazo. O cenário global contribui para essa pressão, enquanto o ambiente doméstico segue sendo influenciado por ruídos fiscais e dúvidas sobre o ritmo de retomada da atividade econômica.

Varejo, bancos e outros setores limitam avanço do Ibovespa

Apesar do impulso vindo das blue chips e do setor de petróleo, outros setores dificultavam uma alta mais expressiva do Ibovespa.

As varejistas operavam de forma mista: AMER3 e BHIA3 estavam estáveis, enquanto LREN3 recuava 0,63%, MGLU3 caía 0,97% e PETZ3 perdia 0,25%. O setor reflete a preocupação com o consumo das famílias e o crédito mais caro, que ainda freiam o desempenho das empresas voltadas ao varejo.

Nos bancos, as ações começavam o dia pressionadas: BBAS3 caía 0,51%, ITUB4 recuava 0,61% e BBDC4 perdia 0,39%. SANB11 chegou a virar para alta de 0,18% por volta das 10h20, cotada a R$ 27,17, mas ainda refletia oscilações. Já o setor de frigoríficos mostrava comportamento misto, com BEEF3 e BRFS3 em alta de 0,97% e 0,15%, respectivamente, enquanto JBSS3 e MRFG3 registravam quedas de 0,23% e 0,82%.

Ações de siderúrgicas, supermercados e elétricas também se dividiam entre perdas e ganhos, com destaque para a queda de até 1,15% em ELET6 e avanço de 3,04% em PCAR3.

Esse cenário fragmentado reforça a leitura de que o mercado segue em busca de direção mais clara, com investidores cautelosos em relação a indicadores e eventos macroeconômicos.

Confira abaixo os resultados das principais ações:

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.