
- Corte de juros e otimismo externo impulsionam o apetite por ações brasileiras.
- Vale (VALE3), Axia Energia (AXIA6) e Itaú (ITUB4) lideram as carteiras recomendadas de novembro.
- Construção civil e saúde ganham peso com Cyrela (CYRE3), Direcional (DIRR3) e Rede D’Or (RDOR3).
O mês de outubro terminou em clima de euforia no mercado brasileiro, com o Ibovespa renovando recordes históricos e o otimismo voltando aos investidores. O cenário de corte de juros, aliados ao apetite estrangeiro e à trégua nos riscos externos, impulsionou as ações nacionais e trouxe mudanças importantes nas carteiras de novembro.
De acordo com levantamento das principais casas de investimento, Vale (VALE3), Axia Energia (AXIA6) e Itaú (ITUB4) estão entre as ações mais recomendadas para o mês, refletindo o foco em empresas sólidas e com fundamentos consistentes. Rede D’Or (RDOR3), Cyrela (CYRE3) e Direcional (DIRR3) também aparecem com força nas carteiras.
Vale (VALE3) brilha com minério firme e lucro robusto
A Vale (VALE3) lidera as recomendações de novembro, apoiada no lucro líquido de US$ 2,68 bilhões do terceiro trimestre e na recuperação dos preços do minério de ferro.
Sendo assim, o Santander destacou o desempenho “sólido e acima das expectativas”, impulsionado por vendas robustas de minério e cobre e redução de custos operacionais.
Analistas acreditam que o mercado voltará a focar nos fundamentos da companhia, o que deve aproximar seu múltiplo da média dos pares globais. Portanto, o papel acumula alta de 13,34% em outubro, segundo dados compilados pelas corretoras.
Axia Energia (AXIA6) ganha tração e se prepara para nova fase
A Axia Energia (AXIA6) é outro destaque das carteiras.
Além disso, a empresa se beneficia da normalização regulatória, da venda da Eletronuclear e do forte fluxo de caixa operacional.
Com o preço da energia firme no mercado livre e melhora na gestão, a ação subiu 7,07% em outubro.
Desse modo, a Terra Investimentos destacou que a Axia “colhe os frutos da reestruturação e ainda apresenta valuation atrativo”.
Itaú (ITUB4) mantém estabilidade e dividendos previsíveis
O Itaú (ITUB4) segue como aposta defensiva. A Ágora Investimentos projeta lucro de R$ 11,8 bilhões no 3º trimestre, apoiado em tarifas e seguros com bom desempenho.
Nesse sentido, mesmo com pressões operacionais, o banco entrega estabilidade e previsibilidade, fatores valorizados em períodos de transição de juros.
Portanto, as ações do Itaú registraram alta de 0,99% em outubro, reforçando o papel do setor financeiro como âncora nas carteiras recomendadas.
Cyrela (CYRE3) e Direcional (DIRR3): construção retoma brilho
Com a queda na curva de juros longos, as construtoras voltaram ao radar.
Além disso, a Cyrela (CYRE3) ganhou peso nas carteiras da XP Investimentos por sua resiliência operacional e potencial de pagamento de dividendos em 2025.
A Direcional (DIRR3), por sua vez, é vista pelo BTG Pactual (BPAC11) como destaque entre as construtoras de imóveis populares, com controle rigoroso das operações e projeção de crescimento acelerado no segundo semestre de 2025.
Rede D’Or (RDOR3) e Petrobras (PETR4): entre estabilidade e cautela
A Rede D’Or (RDOR3) mantém posição de destaque, sustentada por geração de caixa constante e expansão orgânica.
Ademais, o BTG Pactual vê a empresa como bem posicionada para acelerar projetos de crescimento e melhorar margens hospitalares.
Por fim, a Petrobras (PETR4) segue dividindo opiniões. A Ágora reconhece riscos ligados à volatilidade do petróleo e ao aumento de investimentos, mas ainda vê valuation atrativo e expectativa de aumento de produção nos próximos anos.