
- O Banco do Brasil fechou acordo de até US$ 700 milhões com garantia da MIGA, para financiar MPMEs e projetos verdes.
- O primeiro desembolso será imediato, de US$ 350 milhões, com participação de instituições como BBVA e HSBC.
- A empresa usará os recursos para exportações e energia limpa, com foco em biocombustíveis, energia solar, eólica e agricultura sustentável.
O Banco do Brasil acaba de firmar uma operação de financiamento internacional com a Multilateral Investment Guarantee Agency (MIGA), braço do Banco Mundial, no valor de até US$ 700 milhões. A empresa direcionará o recurso principalmente às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) exportadoras e às iniciativas de energia limpa e produção sustentável no país.
O banco informou que fará o primeiro desembolso, de US$ 350 milhões, de forma imediata. O programa Trade Finance Guarantee (TFG) da MIGA estruturou a operação, oferecendo garantias contra inadimplência e permitindo que instituições financeiras internacionais concedam crédito com menor risco e custos reduzidos.
Foco em exportação e transição energética
O principal objetivo do acordo é fortalecer a competitividade das empresas brasileiras no mercado externo. De acordo com Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, a parceria amplia o acesso ao crédito e viabiliza o crescimento de setores-chave para o futuro econômico e ambiental do país.
“Estamos ampliando o acesso ao crédito para MPMEs e viabilizando projetos voltados ao comércio exterior e à energia limpa — iniciativas fundamentais para o crescimento inclusivo e a transição energética do país”, declarou o executivo em comunicado oficial.
A estrutura de financiamento também busca consolidar a presença do Banco do Brasil junto a agências multilaterais, bancos globais e parceiros internacionais. Trata-se de uma ação estratégica para posicionar o Brasil como um agente ativo na agenda de finanças sustentáveis e no fortalecimento do seu comércio internacional.
Detalhes da operação e parceiros internacionais
A MIGA se comprometeu com uma exposição de até US$ 700 milhões ao longo de três anos, com prazos individuais de até 12 meses para cada parcela do crédito. Sendo assim, o BBVA e o HSBC são algumas das instituições que participarão do primeiro desembolso, o que reforça a confiança internacional no projeto.
Além disso, de acordo com a agência do Banco Mundial, a iniciativa visa impulsionar o acesso de pequenas empresas brasileiras ao comércio global, ao mesmo tempo em que contribui para o cumprimento de metas ambientais e climáticas.
“Ao expandir o acesso ao programa, estamos apoiando a transição de energia limpa do Brasil e ajudando a desbloquear o potencial das MPMEs para participarem do comércio global”, afirmou Hiroshi Matano, vice-presidente-executivo da MIGA.
Destinação dos recursos: exportação e energia verde
O Banco do Brasil explicou que os recursos captados serão aplicados em operações de comércio exterior, produção sustentável e projetos de energia renovável. Assim, entre os segmentos contemplados estão os de biocombustíveis, energia solar, eólica e biomassa — com destaque para o setor agrícola.
A iniciativa contempla também a aquisição de equipamentos e insumos sustentáveis, ampliando o impacto positivo sobre a cadeia produtiva nacional. A expectativa é que as empresas brasileiras aumentem sua capacidade de competir em mercados exigentes, ao mesmo tempo em que reduzem sua pegada de carbono.
Portanto, o programa deve abrir novas frentes de parcerias estratégicas entre o Brasil e o sistema financeiro multilateral.