O Bitcoin (BTC), principal criptomoeda do mundo, opera em disparada nesta quinta-feira (8), após a decisão do Federal Reserve (Fed) de manter a taxa de juros entre 4,25% e 4,5% ao ano nos Estados Unidos e as expectativas de acordo comercial de Donald Trump com outros países.
Por volta das 10:05, o criptoativo subia 2,50% a US$ 99,3 mil.
O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre um possível alívio na guerra comercial renovou o apetite dos investidores por ativos de risco, o que inclui não apenas ações, mas também criptomoedas.
O acordo comercial “completo e abrangente” com o Reino Unido, além do início das negociações comerciais entre Estados Unidos, China e Suiça reforça a ideia de uma possível distensão nas tensões comerciais, o que tende a favorecer o ambiente para investimentos mais arriscados.
Além disso, o otimismo entre investidores também está ligado ao cenário de indefinição no mercado americano.
Embora não tenha havido corte, o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, indicou cautela em relação à inflação e ao crescimento econômico, o que aumentou as incertezas sobre os rumos da política monetária americana.
Bitcoin cotado a US$ 200 mil?
O Bitcoin está no caminho para alcançar um novo recorde histórico, com potencial de chegar a US$ 120 mil ainda no segundo trimestre de 2025, segundo projeção do banco britânico Standard Chartered.
Em relatório divulgado nesta quinta-feira (8), o banco destacou que o cenário atual favorece fortemente o criptoativo, impulsionado por fluxos consistentes de capital e crescente interesse institucional.
A princípio, a narrativa dominante em torno do Bitcoin mudou novamente, desta vez centrada nos fluxos líquidos positivos, especialmente por meio dos ETFs à vista listados nos Estados Unidos.
Nas últimas três semanas, esses fundos registraram entradas de US$ 5,3 bilhões, enquanto posições vendidas somaram apenas US$ 1,2 bilhão, gerando um fluxo líquido positivo de mais de US$ 4 bilhões.
O Standard também ressaltou o papel crescente de grandes investidores institucionais, como a Strategy (anteriormente MicroStrategy), que já detém 555.450 Bitcoins — cerca de 2,6% da oferta total da criptomoeda.
A empresa ainda pretende levantar mais US$ 84 bilhões para ampliar sua posição, o que, segundo o banco, pode elevar sua participação para mais de 6% do total em circulação.
O relatório do Standard Chartered também aponta fatores adicionais de suporte à valorização do Bitcoin, como a migração de investimentos de ETFs de ouro para ETFs de Bitcoin, o aumento do prêmio de prazo dos títulos do Tesouro americano e a movimentação de compra por instituições como o Banco Nacional Suíço e o Norges Bank.
Diante desse cenário favorável, o banco projeta que o Bitcoin poderá alcançar US$ 200 mil até o final de 2025.