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Bitcoin (BTC) explode e rompe US$ 100 mil — veja o que está por trás dessa disparada

Investidores vivem onda de otimismo com aceno de alívio do governo americano

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Bitcoin (BTC) explode e rompe US$ 100 mil — veja o que está por trás dessa disparada

O Bitcoin (BTC), a maior criptomoeda do mundo, opera em disparada nesta sexta-feira (9), ainda sob reflexo do alívio de Donald Trump em seu ‘tarifaço’. Na última quinta-feira (8), quando o republicano anunciou um acordo com o Reino Unido, a criptomoeda voltou a ser cotado na casa dos US$ 100 mil.

Por volta das 09:40 desta sexta-feira (9), o BTC sobe 3,76% a US$ 103 mil.

Embora o Bitcoin não esteja diretamente atrelado a acordos comerciais ou políticas tarifárias, seu desempenho reflete um movimento claro nos mercados globais: o crescimento do otimismo geopolítico e a retomada do apetite por risco, impulsionados por desenvolvimentos relevantes na política externa dos Estados Unidos.

Trump, Reino Unido, China e o fator “risco-on”

A arrancada do Bitcoin está amplamente relacionada ao anúncio do presidente Donald Trump sobre um novo acordo comercial com o Reino Unido, além de sinais de possível redução nas tarifas impostas à China.

Apesar de os impactos econômicos diretos desses anúncios serem limitados no curto prazo, o sentimento de mercado reagiu com entusiasmo.

A sinalização de que os Estados Unidos podem flexibilizar a guerra comercial com a China — especialmente a possível redução da tarifa de 145% para 50% — foi interpretada como um aceno positivo para a estabilidade global.

Essa percepção de menor tensão e maior previsibilidade nas relações comerciais tende a mover os investidores para ativos de maior risco, como ações e criptomoedas.

É o chamado ambiente risk-on, no qual ativos especulativos se beneficiam do otimismo generalizado e da expectativa de crescimento global.

Bitcoin como termômetro de confiança (e especulação)

O Bitcoin, por natureza, é altamente sensível ao sentimento do investidor. Quando o mercado se sente mais seguro, há uma migração para ativos com maior potencial de retorno, mesmo que mais voláteis — como as criptos.

Além disso, com a possibilidade de novos acordos comerciais sendo anunciados no próximo mês — segundo o secretário de Comércio Howard Lutnick —, o cenário reforça uma narrativa pró-crescimento, o que tende a impulsionar ainda mais os criptoativos.

É importante destacar que o Bitcoin também se beneficia da especulação pura. Acima de certos marcos psicológicos (como os US$ 100 mil), muitos algoritmos e investidores institucionais entram comprando, reforçando o efeito de alta.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.