Abalo significativo

Crise no INSS derruba Lula: reprovação chega a 53,7%, a maior da série

Rejeição ao presidente dispara para o maior patamar da série histórica, impulsionada por denúncias de corrupção.

Crise no INSS derruba Lula: reprovação chega a 53,7%, a maior da série Crise no INSS derruba Lula: reprovação chega a 53,7%, a maior da série Crise no INSS derruba Lula: reprovação chega a 53,7%, a maior da série Crise no INSS derruba Lula: reprovação chega a 53,7%, a maior da série
Crédito: Depositphotos
Crédito: Depositphotos
  • Desaprovação ao governo Lula sobe para 53,7%, maior nível desde o início de 2024
  • Escândalo de fraudes no INSS impulsiona rejeição e coloca “corrupção” como principal problema para 60% dos brasileiros
  • CPMI deve intensificar crise ao investigar irregularidades, com oposição armando ofensiva contra o Planalto

A imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofre novo abalo significativo. A desaprovação ao seu governo disparou para 53,7%, segundo a mais recente pesquisa AtlasIntel, divulgada nesta sexta-feira (30).

Dessa forma, alcançando o maior índice desde o início da série histórica, em janeiro de 2024. O levantamento mostra que o escândalo envolvendo fraudes no INSS provocou uma inflexão negativa na percepção popular, intensificando a crise de confiança no Planalto.

A queda na aprovação ocorre em um momento particularmente delicado para o governo. Contudo, que enfrentou nas últimas semanas a revelação de um esquema bilionário de fraudes em aposentadorias.

A crise obrigou o Planalto a substituir o comando do Ministério da Previdência Social, provocou o rompimento do PDT com a base governista. Assim, abrindo espaço para uma ofensiva da oposição, que explora o tema com intensidade nas redes sociais.

Rejeição expressiva

Em comparação com o início do ano, o aumento da rejeição é expressivo. Em janeiro, quando Lula completava um ano de mandato, a desaprovação era de 45,4%. Embora o índice tenha recuado ligeiramente entre março e abril, chegando a 50,1%, a nova alta indica que o episódio do INSS teve impacto direto na deterioração da imagem presidencial.

A pesquisa aponta ainda que 45,4% dos entrevistados afirmam aprovar o governo, enquanto 0,7% não souberam ou preferiram não responder. A avaliação qualitativa também mostra tendência de deterioração. 52,1% consideram a gestão “ruim ou péssima” e apenas 41,9% a avaliam como “ótima ou boa”. Outros 6% classificam a administração como “regular”.

Outro dado preocupante para o Palácio do Planalto é a percepção crescente da população sobre os problemas nacionais. A corrupção, que em abril era apontada como o maior problema por 47% dos entrevistados, agora lidera com 60%. Assim, superando temas como criminalidade e tráfico de drogas, que vinham ocupando o topo desde o início do ano. A mudança evidencia que o escândalo do INSS reforçou a ideia de descontrole e má gestão dentro do governo federal.

A crise deverá se intensificar com o início dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os desvios na Previdência. A comissão contará com forte presença da oposição, sobretudo parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que prometem utilizar a investigação como palco para desgastar ainda mais o governo Lula.

A pesquisa ouviu 4.399 pessoas em todo o país entre os dias 19 e 23 de maio. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de um ponto percentual. Os dados acendem um sinal vermelho no núcleo político do governo. E, ainda, indicam que Lula terá dificuldades crescentes para recompor apoio parlamentar e recuperar a confiança popular em meio à escalada das denúncias.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.