Degradação florestal

Degração da Amazônia dispara 329% e "artistas permanecem calados", dizem internautas

Dados do Imazon mostram o pior resultado desde 2008, com queimadas responsáveis pelo aumento da destruição da floresta.

projeto rural na amazonia pnud
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  • A Amazônia Legal sofreu um aumento de 17,8% no desmatamento de agosto de 2024 a março de 2025, com a derrubada de 2.296 km² de floresta
  • A degradação florestal subiu 329%, atingindo um novo recorde histórico, com queimadas em grandes áreas da Amazônia
  • O Imazon e o Ministério do Meio Ambiente apresentam dados divergentes, com o Imazon registrando aumento da destruição

O desmatamento na Amazônia Legal registrou um aumento alarmante de 17,8% no período de agosto de 2024 a março de 2025. Conforme revela o monitoramento do instituto de pesquisa Imazon.

Esse índice é acompanhado por um crescimento chocante de 329% na degradação florestal, que atingiu um recorde histórico, segundo dados do instituto.

O período analisado, que vai de agosto a março, corresponde aos oito primeiros meses do calendário de desmatamento, seguindo o ciclo de chuvas da região. Essa janela temporal é crucial para monitorar as mudanças no bioma, já que as chuvas, que são mais frequentes entre dezembro e março, podem mitigar o impacto das queimadas e das atividades ilegais, mas, nos últimos meses, esse alívio foi mínimo.

De acordo com as imagens de satélite analisadas pelo Imazon, a derrubada de árvores passou de 1.948 km² no ano passado para 2.296 km² no período atual. Em março de 2025, a Amazônia perdeu 167 km² de vegetação – 35% a mais que em março de 2024, quando o desmatamento atingiu 124 km².

Aumento da degradação florestal

A degradação florestal, que é o processo de danos parciais à floresta, foi o maior responsável pelo alarmante aumento dos índices. No ano passado, as queimadas atingiram grandes áreas da floresta, especialmente durante os meses secos de setembro e outubro de 2024. Fazendo com que o aumento na degradação fosse ainda mais significativo.

Essa degradação, que abrange áreas devastadas de forma parcial, registrou um crescimento histórico de 329% de agosto de 2024 a março de 2025. Dessa forma, atingindo o pior índice desde que o Imazon iniciou suas medições, em 2008.

A metodologia dos satélites do Imazon influencia os números da degradação, pois detectam áreas devastadas a partir de 1 hectare. Enquanto os sistemas do Inpe, do governo, só identificam áreas acima de 3 hectares.

Efeito das queimadas e falta de ação do governo

Embora o governo federal tenha negado os dados do Imazon, apontando uma redução de 9,7% no desmatamento e 69% na degradação em comparação com o ano anterior, os dados da organização independente apontam uma realidade bem mais grave.

A pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim, reforça que estamos diante de uma janela de tempo importante para a reversão desse cenário. De acordo com ela, é preciso agir de maneira urgente. Uma vez que os danos já são grandes, mas ainda é possível minimizar os impactos se a ação for rápida.

“O crescimento observado em 2025 é um sinal de alerta. Estamos em uma janela de tempo que pode permitir a reversão desse cenário, onde as chuvas são mais frequentes na região. Logo, os distúrbios na floresta não são tão intensos quando comparamos com os meses mais secos, como de junho a outubro”, aponra Larissa.

O Ministério do Meio Ambiente afirma que o progresso continua, mas especialistas alertam: o aumento do desmatamento e da degradação em 2025 mostra que é urgente revisar as políticas de proteção da Amazônia.

Nas redes sociais, usuários do X reagem à crescente degradação da Amazônia:

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.