- Biden anunciou no domingo (21), que não buscará a reeleição
- Cortez observou que pode haver uma euforia entre os democratas
- “Deve mexer sim com os mercados, ainda que de forma mais marcada pela incerteza, premiando a incerteza, do que propriamente com uma percepção concreta do que vai acontecer”, disse Cortez
O cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria, afirmou ao Broadcast que a retirada de Joe Biden da corrida presidencial nos EUA deve movimentar os mercados. E, ainda, acirrar a incerteza. Biden anunciou no domingo (21), que não buscará a reeleição. E endossou a candidatura de Kamala Harris para o partido democrata.
“Deve mexer sim com os mercados, ainda que de forma mais marcada pela incerteza, premiando a incerteza, do que propriamente com uma percepção concreta do que vai acontecer”, disse Cortez.
“Tem efeitos ainda razoavelmente controlados até ter um sinal mais concreto de quem vai ser a alternativa, de ter os primeiros sinais desse novo postulante. Tudo indica que pode ser a Harris”, declarou ele.
Cortez observou que pode haver uma euforia entre os democratas, e a força da nova candidatura dependerá da habilidade do novo candidato em unir o partido. O analista acrescentou que Biden e Trump enfrentam níveis de rejeição semelhantes. Caso o candidato democrata seja outro, o partido terá a oportunidade de explorar mais efetivamente a rejeição a Trump.
“A mudança Biden-Harris, ou Biden-outro nome, permite ao partido ter a oportunidade de explorar uma campanha com variação de rejeição, anulando esse efeito da avaliação negativa de governo”, declarou Rafael Cortez.
Biden eleva tarifas sobre produtos chineses e novas alíquotas
- O governo Biden revelou novas alíquotas de importação sobre produtos chineses
- A “justificativa” conta como proteção aos trabalhadores e empresas dos EUA, assim, contra as práticas comerciais desleais chinesas
- O governo, dessa forma, aumentará as alíquotas para uma variedade de produtos
Nesta terça-feira (14), o governo Biden revelou novas alíquotas de imposto de importação para US$ 18 bilhões em produtos chineses. Alegando proteção aos trabalhadores e empresas dos EUA contra as “práticas comerciais desleais da China“.
O governo, no entanto, aumentará as alíquotas para uma variedade de produtos. Incluindo, assim, veículos elétricos, baterias de lítio, semicondutores e painéis solares. Em alguns casos, o governo aumentará essas alíquotas em até quatro vezes, elevando dos atuais 25% para 100%.
Entenda as principais mudanças
- Veículos elétricos chineses: alíquota vai quadruplicar, de 25% para 100%, ainda neste ano de 2024.
- Baterias: alíquota das baterias de íons de lítio para veículos elétricos passará de 7,5% para 25% ainda neste ano, e o mesmo vale para partes de baterias. No caso das baterias de lítio destinadas a outros usos, o aumento será o mesmo, a partir de 2026.
- Semicondutores: tarifas saltarão de 25% para 50% a partir do ano de 2025.
- Painéis solares: imposto de importação sobre células solares da China dobrará, passando de 25% para 50%.
- Aço e alumínio: tarifas sobre importações chinesas de aço e alumínio vão mais do que triplicar ainda neste ano, dos atuais 7,5% para 25%.
- Produtos médicos: taxas sobre seringas e agulhas aumentarão de 0 para 50% em 2024. Já para determinados equipamentos de proteção individual (EPI), incluindo, respiradores e máscaras faciais, as alíquotas ultrapassam de 7,5%, portanto, para 25% também em 2024. Enquanto, tarifas sobre luvas médicas e cirúrgicas de borracha aumentarão de 7,5% para 25% a partir de 2026.
- Guindastes Ship-to-shore: a tarifa dos guindastes usados para carga ou descarga de contêineres em navios aumentará de 0 para 25%, ainda em 2024.