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Dolár dispara e Ibovespa sobe 0,25%: Confira o resumo do dia

Confira o resumo das principais notícias desta quarta-feira, 26 de junho de 2024.

Imagem GDI
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Suzano desiste de realizar compra da International Paper

Nesta quarta-feira, a Suzano informou que não irá prosseguir com a transação envolvendo a aquisição da International Paper (IP).

A companhia afirmou em seu comunicado que alcançou o que entendeu ser “o preço máximo para que a transação gerasse valor” para si, mas que não houve engajamento da IP e ressaltou o seu compromisso com a disciplina de capital.

“A respeito de uma potencial transação entre as empresas, a companhia alcançou o que entende ser o preço máximo para que a transação gerasse valor para a Suzano, sem que houvesse engajamento da outra parte”, disse a Suzano.

Em seu comunicado, a Suzano formalizou que não seguirá na busca de uma transação envolvendo a aquisição da International Paper.

Klabin aprova projeto de modernização

Nesta quarta-feira (26), a Klabin, maior produtora e exportadora de papéis para embalagens e soluções sustentáveis em embalagens de papel do Brasil e maior produtora de papel-cartão do Brasil, informou ao mercado que os conselheiros aprovaram o projeto que prevê a instalação de uma nova caldeira de recuperação. 

De acordo com comunicado, a Klabin irá modernizar a Unidade Monte Alegre, situada em Telêmaco Borba.

O investimento irá ter um total de R$ 1,7 bilhão, incluindo cerca de R$ 180 milhões em impostos recuperáveis, que será desembolsado entre 2024 e 2027. Os recursos serão financiados pela posição de caixa da companhia, sem impacto material na alavancagem financeira.

PT causou retrocesso ao Plano Real, diz um dos pais do plano

Para o economista Persio Arida, um dos formuladores do Plano Real, a proposta do programa de estabilização, foi interrompida nas gestões do PT. Apesar de ter sido concebido para combater a hiperinflação, o Plano Real tinha uma visão mais ambiciosa, a de tonar o Brasil um país moderno e eficiente, o que acabou não acontecendo.

“O Real, diferentemente de muitos planos de estabilização, tinha uma visão de futuro compartilhada por todos nós. Eu diria que as bases de um Brasil mais moderno foram todas consolidadas naquele momento”, afirma Arida.

De acordo com informações, na avaliação de Arida, agora é preciso um esforço para recuperar parte daquela agenda e promover uma revisão do sistema de gastos e a melhoria da máquina pública.

“Houve uma série de frustrações do ponto de vista do que seria ideal, um retrocesso e uma interrupção de vários aspectos desse projeto modernizante de país nos mandatos do governo Lula,” disse o economista.

O petróleo fecha o dia com uma leve alta

Nesta quarta-feira (26), os preços do petróleo fecharam com uma leve alta, mesmo com a grande “surpresa” nos estoques de gasolina nos Estados Unidos, enquanto investidores temiam que uma potencial expansão da guerra em Gaza pudesse impactar a oferta de petróleo do Oriente Médio.

Os contratos do petróleo Brent subiram US$ 0,24, ou 0,3%, a US$ 85,25 por barril e os futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA fecharam em alta de US$ 0,07, a US$ 80,90 por barril.

De acordo com dados do Departamento de Energia do país, os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram um avanço de 3,591 milhões de barris na semana, a 460,696 milhões de barris, na semana encerrada no dia 21. A expectativa era de baixa nos estoques. 

Gestores globais diminuem investimentos no Brasil

Eduardo Miszputen, chefe de mercados globais do Citi Brasil, avaliou o comportamento recente dos ativos locais, que, para ele, estão com um nível elevado de prêmio de risco, e constatou que é inevitável apontar que, em um ambiente externo já marcado por incertezas, os fatores domésticos têm tido efeito exponencial sobre a volatilidade dos mercados no Brasil.

“O Brasil tem um desempenho pior em várias frentes, como renda variável, moeda… As questões locais estão fazendo o Brasil performar pior. É uma pena. Tínhamos condição de nos consolidar como um país que poderia atrair atenção maior do investidor internacional. Perdemos a prioridade e o espaço,” afirma Miszputen.

Para o chefe de mercados globais, o cenário externo foi responsável por uma mudança nas perspectivas já na virada do ano, diante de números bem mais fortes da economia dos Estados Unidos, que provocaram um adiamento nas expectativas para redução dos juros pelo Federal Reserve (Fed).

De acordo com informações, Miszputen ressaltou que os vetores domésticos têm sido dominantes nas últimas semanas e ajudaram a deteriorar adicionalmente o ambiente para os ativos financeiros brasileiros.

 Seguradora Porto (PSSA3) aprovou a distribuição de JCP

Na terça-feira (25), a Seguradora Porto aprovou a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 204,8 milhões, correspondentes a R$ 0,31910862668 por ação.

De acordo com informações, o crédito correspondente aos JCP será contabilizado de forma individualizada para cada acionista em 28 de junho, com base na posição acionária final dessa data.

“Os valores de JCP são preliminares e poderão sofrer variação até a data de corte em decorrência do programa de recompra de ações da Porto”, diz o comunicado.

A data de pagamento será definida pela administração da Porto Seguro e aprovada na AGO que analisará as contas do exercício social de 2024.

Ambipar anuncia fechamento de contrato com a Heineken

Nesta quarta-feira (26), a Ambipar divulgou uma parceria com a Heineken, para implementação de um novo sistema de economia circular do vidro no país.

De acordo com informações, a iniciativa faz parte de um ecossistema que será anunciado pela cervejaria nesta quarta-feira (26) e que conta com aporte inicial de mais de R$ 150 milhões. 

“A união entre as empresas tem como objetivo fortalecer os principais elos da cadeia de reciclagem, como cooperativas de catadores de materiais recicláveis e grandes geradores de resíduos, além de estabelecer um modelo de negócio circular, financeiramente sustentável e socialmente responsável”, afirmou a Ambipar.

Em comunicado, a Ambipar informou que entrará com a operação de logística reversa, beneficiamento e reciclagem do caco de vidro em geografias menos favorecidas. ”Depois da transição energética, a economia circular tem o maior peso para a descarbonização das indústrias e essa parceria reflete o plano da Ambipar Environment em consolidar a economia circular no Brasil por meio de parcerias estratégicas e de longo prazo com seus clientes”, destaca o CEO da Ambipar, Tercio Borlenghi Junior.

Governo Lula quer incluir carro elétrico em “imposto do pecado”

Na segunda-feira (24), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, chefiado por Geraldo Alckmin, vice-presidente, defendeu que os carros 100% elétricos, movidos a bateria, também sejam tributados pelo Imposto Seletivo.

De acordo com informações divulgadas, a proposta de regulamentação da reforma tributária, em tramitação na Câmara dos Deputados, já prevê a incidência do chamado “imposto do pecado”, que vai incidir sobre itens prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, sobre os automóveis a combustão e híbridos.

“O governo federal não define a tecnologia dominante; ele precifica nas suas políticas e agora no Seletivo as externalidades positivas e negativas, de modo que solicitamos a inclusão dos veículos elétricos”, afirmou a diretora do departamento de Indústria de Média-Alta Complexidade do ministério, Margarete Gandini.

O pedido foi formalizado pelo ministério e o objetivo é influenciar os consumidores a comprarem veículos mais seguros e ambientalmente mais amigáveis, estimulando inovação dos fabricantes.

Ibovespa sobe 0,25% apesar de declarações de Lula

O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, encerrou o pregão de hoje com um ligeiro aumento de 0,25%, atingindo 122.641,30 pontos. Este desempenho ocorreu em meio a um cenário marcado por declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um fluxo positivo de investimentos estrangeiros.

Lula reiterou em uma entrevista ao portal Uol sua posição contrária a cortes de gastos que afetem benefícios sociais, o que gerou cautela entre os investidores quanto aos futuros impactos fiscais no país. Apesar disso, o mercado conseguiu manter-se estável, influenciado também por um movimento favorável de investidores estrangeiros, que voltaram a aportar recursos na bolsa brasileira desde a semana anterior.

No setor corporativo, as ações de commodities tiveram um desempenho positivo, impulsionadas pela valorização do minério de ferro na China, beneficiando empresas como Usiminas. Além disso, a PRIO refletiu a alta do preço do petróleo e expectativas relacionadas à exploração na margem equatorial, enquanto a Suzano viu seus papéis valorizarem-se com o anúncio do avanço do projeto Cerrado.

Nubank adquire Hyperplane do Vale do Silício

Nubank anunciou a aquisição da Hyperplane, uma empresa do Vale do Silício especializada em inteligência de dados e IA aplicada ao setor financeiro. A Hyperplane desenvolveu sistemas de IA que são capazes de processar grandes volumes de dados não estruturados, como interações com clientes e informações de transações, utilizando aprendizado de máquina avançado.

Com essa aquisição, o Nubank pretende fortalecer suas capacidades em machine learning, permitindo criar modelos mais sofisticados para personalizar e melhorar seus serviços financeiros digitais. Segundo Vitor Olivier, CTO do Nubank, a integração da tecnologia de IA da Hyperplane vai potencializar a análise de grandes conjuntos de dados, possibilitando uma personalização mais detalhada dos serviços oferecidos aos clientes.

Dólar dispara e estrangeiros aumentam aposta contra real

Investidores estrangeiros estão adotando uma postura cada vez mais cautelosa em relação ao Brasil, diante da crescente preocupação com a possível desvalorização do real. Dados recentes revelam que o montante movimentado em contratos de proteção contra variações cambiais atingiu o recorde de US$ 78,9 bilhões na última terça-feira (18).

Essa alta histórica reflete a busca intensificada por estratégias de hedge, uma medida de proteção frequentemente utilizada em momentos de incerteza econômica. Especificamente, os investidores estão se posicionando para lucrar com a possível desvalorização do real em relação ao dólar, ou para se proteger contra essa mesma variação.

O aumento nas posições de hedge coincide com uma deterioração na percepção de risco em relação à economia brasileira. Questões fiscais têm sido um ponto crítico, com mudanças na meta fiscal para 2025 e preocupações persistentes sobre a capacidade do governo em controlar o déficit público. Especialistas apontam que desde abril deste ano, quando as mudanças na política fiscal foram anunciadas, houve um claro movimento de investidores estrangeiros buscando segurança nos mercados cambiais.

Situação fiscal do Brasil piorou, apontam economistas

A mais recente pesquisa do Banco Central revela que a percepção dos economistas do mercado sobre a política fiscal do Brasil deteriorou-se significativamente em maio. De acordo com o Questionário Pré-Copom (QPC), divulgado hoje, 78% dos 111 analistas consultados indicaram uma piora na situação fiscal, enquanto apenas 2% enxergaram melhorias. Cerca de 20% dos entrevistados opinaram que não houve mudanças significativas.

Em termos de projeções econômicas, o QPC mostrou que a mediana das estimativas aponta para um déficit primário de R$ 82,5 bilhões em 2024, acima dos R$ 76,3 bilhões estimados anteriormente. Quanto à dívida bruta do governo geral (DBGG), espera-se que ela alcance 77,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no mesmo ano, refletindo um aumento em relação às projeções anteriores que indicavam estabilidade nesse indicador.

Para 2025, as previsões do QPC indicam um cenário de déficit primário de R$ 94,1 bilhões e uma dívida bruta equivalente a 80% do PIB, sinalizando uma trajetória de crescimento da dívida pública.

Transações bancárias no Brasil disparam com smartphones

Um novo relatório da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destaca um surto impressionante no uso de canais digitais para transações bancárias no Brasil. De acordo com os dados mais recentes, o número total de transações aumentou substancialmente, atingindo a marca de 186 bilhões em 2023, o que representa um crescimento significativo de 116% desde 2019.

O estudo revela que o maior impulsionador desse crescimento foram as transações realizadas através de dispositivos móveis, que testemunharam um aumento notável de 251% no mesmo período. Atualmente, aproximadamente sete em cada dez transações bancárias no país são efetuadas por meio de celulares, consolidando o celular como o canal preferido para operações financeiras.

Em termos anuais, as transações bancárias aumentaram em 19% de 2022 para 2023, com transações via celular registrando um crescimento ainda mais expressivo de 22%, totalizando impressionantes 130,7 bilhões de operações no último ano.

Rodrigo Mulinari, diretor de Tecnologia do Banco do Brasil e responsável pela pesquisa da Febraban, destacou que a média mensal de transações por conta-corrente via celular saltou para 52 em 2023, um aumento significativo em relação às 43 transações mensais do ano anterior.

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