Incerteza na esquerda

Esperança: mercado já discute eleição de 2026 sem Lula

Em reunião ministerial, presidente destaca necessidade de garantir a democracia, mas saúde e falta de sucessor colocam incerteza.

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Lula
  • Presidente sugeriu a possibilidade de não concorrer à reeleição, mas a fala foi vista como uma estratégia política
  • A saúde de Lula e a falta de um sucessor forte no PT impactam a decisão sobre sua candidatura, com Fernando Haddad sendo o nome mais cogitado
  • O governo Lula começa a destacar suas realizações em comparação com o governo anterior, visando reforçar a defesa da democracia

Na reunião ministerial de 20 de janeiro de 2025, o presidente Lula (PT) fez uma declaração que gerou especulação sobre suas intenções para a eleição de 2026.

Lula afirmou que pode não disputar a reeleição, mas a fala foi interpretada como uma estratégia retórica. Ainda, com os presentes no encontro acreditando que o presidente será, sim, candidato no próximo pleito.

Lula, em seu discurso de abertura, destacou que seu foco seria eleger um governo em 2026 que assegurasse a continuidade da democracia no Brasil. Dessa forma, evitando o retorno do que classificou de “neonazismo”, “neofascismo” e “autoritarismo”.

O presidente ainda alertou que a oposição já iniciou sua campanha para 2026, chamando sua equipe a intensificar o discurso contra os opositores. Apesar disso, na conversa interna com seus ministros, o tom foi de que o chefe do Executivo poderia optar por um sucessor. Assim, dependendo de sua saúde e da conjuntura política.

Desafios para a decisão de 2026

A saúde de Lula, que passou por uma cirurgia de emergência em dezembro de 2024, após sofrer uma hemorragia intracraniana decorrente de um acidente doméstico em outubro, tem sido um fator crucial nas discussões sobre sua candidatura à reeleição.

O presidente, que completará 80 anos em 2025, tem sido constantemente pressionado pela falta de um nome forte para substituí-lo, caso opte por não concorrer novamente. No entanto, até o momento, o Partido dos Trabalhadores (PT) não tem uma liderança emergente capaz de ocupar o espaço deixado por Lula. Dessa forma, o que complica a escolha de um sucessor viável para as eleições de 2026.

Dentro do cenário atual, o nome mais cotado para a sucessão é o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Apesar das derrotas em 2018 e 2022, Haddad é visto como a opção mais viável dentro da esquerda.

No entanto, o desgaste de suas decisões impopulares à frente da Fazenda, como ajustes econômicos difíceis e a adoção de políticas fiscais rigorosas, tem gerado certa resistência dentro da Esplanada.

Embora a saúde de Lula e a falta de sucessores no PT estejam pesando na decisão, a impressão é de que o presidente tentará buscar um quarto mandato, caso nada de grave aconteça até 2026. As dificuldades econômicas, as alianças políticas e o cenário social poderão influenciar sua escolha. Mas, por ora, a tendência é que ele busque continuar no poder, visando garantir a continuidade de seu projeto político.

Estratégias de comunicação

Na mesma reunião ministerial, o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Sidônio Palmeira, orientou os ministros a adotarem uma nova estratégia de comunicação. Ainda, com ênfase em comparar as ações do governo Lula com o governo de Jair Bolsonaro.

A intenção, no entanto, é destacar que as políticas e obras do atual governo são superiores às do governo anterior. Especialmente em áreas como infraestrutura e atendimento às necessidades da população.

Lula já começou a adotar essa estratégia em um evento no Planalto, onde desafiou os presentes a citarem uma obra de infraestrutura realizada por Bolsonaro. Em sua visão, qualquer métrica de comparação coloca seu governo à frente do antecessor. Assim, algo que se refletirá no discurso público a partir de agora.

O presidente também declarou que sua motivação para o ano de 2025 será impedir o retorno de Bolsonaro à presidência. Algo que ele considera, portanto, um “horror” para o Brasil.

Com as eleições de 2026 cada vez mais próximas, Lula e sua equipe buscam maneiras de garantir sua candidatura, ao mesmo tempo em que reforçam a defesa da democracia e do projeto político petista.

A saúde do presidente e a falta de uma liderança forte dentro do PT para substituí-lo continuam sendo obstáculos. Mas, o cenário político, no entanto, pode mudar rapidamente nos próximos meses.

A estratégia de comunicação, focada em contrastar as realizações do atual governo com os erros do passado, também será uma ferramenta chave na campanha de 2026, caso Lula decida seguir em frente com sua candidatura.

Opiniões sobre o governo e impactos

Diversos especialistas têm se pronunciado sobre o governo atual, destacando tanto os avanços quanto os desafios econômicos enfrentados. Enquanto alguns elogiam as iniciativas de distribuição de renda e políticas sociais, outros apontam as dificuldades geradas pelas medidas econômicas e a instabilidade no mercado. A seguir, confira as principais opiniões sobre o governo Lula e o impacto no cenário econômico.

https://twitter.com/carlosjordy/status/1881805516596494415

https://twitter.com/newsliberdade/status/1875863026865434690?s=46

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.