Estratégia diplomática

Governo Lula compra briga contra EUA para defender Moraes

O governo brasileiro adotou uma nova estratégia diplomática diante de possíveis interferências externas, especialmente das manifestações vindas da Casa Branca.

Lula e Moraes - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Lula e Moraes - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
  • O Brasil reagirá prontamente a qualquer interferência externa considerada indevida
  • O governo enfatiza que decisões judiciais seguem a Constituição e não cabem a nações estrangeiras
  • Nota oficial evitou excessos, mas deixou claro que novas críticas terão reações à altura

O governo brasileiro adotou uma nova estratégia diplomática diante de possíveis interferências externas, especialmente das manifestações vindas da Casa Branca sob a gestão de Donald Trump.

A diplomacia brasileira decidiu adotar o princípio do “bateu, levou”. Assim, garantindo respostas imediatas a qualquer ingerência considerada indevida.

A postura mais firme já se refletiu na nota oficial divulgada pelo Itamaraty nesta quarta-feira (27), que rechaçou duramente uma declaração de um órgão ligado ao Departamento de Estado norte-americano.

Esse órgão havia criticado bloqueios e multas impostas pelo Brasil a empresas dos Estados Unidos. Assim, sugerindo que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, estaria restringindo a liberdade de expressão.

Reação do governo brasileiro

No Palácio do Planalto e no Itamaraty, a nota da administração Trump foi vista como um “absurdo”, segundo fontes envolvidas na resposta brasileira.

O governo interpretou a manifestação como uma tentativa de interferência indevida em decisões do Judiciário brasileiro. Contudo, que são respaldadas pela Constituição Federal de 1988.

O gabinete do chanceler Mauro Vieira e a assessoria internacional da Presidência da República elaboraram juntos a resposta do Brasil.

O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chancelou o texto final. Segundo relatos, não houve dúvidas sobre a necessidade de responder nem sobre o tom adotado.

Defesa da soberania e combate às fake news

A nota oficial destacou que as decisões do Judiciário brasileiro são um assunto de soberania nacional. O governo brasileiro responderá com firmeza a qualquer tentativa estrangeira de contestar essas decisões.

Além disso, reforçou que o combate às fake news é uma prerrogativa do sistema judicial brasileiro. Assim, sendo tratado internamente dentro do arcabouço legal do país.

Embora tenha sido considerada firme, a resposta brasileira evitou exageros e bravatas. O objetivo central foi deixar claro que, se a administração Trump continuar questionando decisões nacionais, receberá respostas na mesma intensidade.

A mudança na postura diplomática marca uma nova fase na relação entre Brasil e Estados Unidos. Com isso, o governo Lula sinaliza que não aceitará interferências externas. E, portanto, que qualquer tentativa de ingerência será prontamente rebatida.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.