Microprocessador de IA

O novo chip da China que promete abalar o mercado

Lançamento do Ascend 910D, a gigante chinesa mira substituir os chips de ponta da Nvidia, mesmo em meio a um cenário de tensões comerciais.

O novo chip da China que promete abalar o mercado
  • O novo chip da Huawei promete superar o H100 da Nvidia em termos de poder de processamento para IA
  • A Huawei enfrenta um cenário de tensões comerciais com os Estados Unidos, que impõem bloqueios ao fornecimento de chips avançados para a China
  • A disputa entre Huawei e Nvidia acirra a competição no mercado de chips para inteligência artificial

A Huawei Technologies está prestes a testar o seu mais novo microprocessador de inteligência artificial, o Ascend 910D, em uma tentativa de enfrentar diretamente a dominância da Nvidia no mercado global de chips de IA.

De acordo com uma reportagem do Wall Street Journal, a empresa chinesa já iniciou discussões com várias companhias de tecnologia chinesas sobre a viabilidade técnica do novo chip, com a expectativa de que o Ascend 910D seja mais poderoso do que o famoso H100 da Nvidia.

Esse movimento representa um novo capítulo na corrida global por chips de IA, com a Huawei buscando reduzir a dependência da tecnologia norte-americana e, eventualmente, substituir a Nvidia em áreas chave da inteligência artificial, como o treinamento de algoritmos.

Ascend 910D: O novo chip da Huawei

A Huawei espera que a mais recente versão do Ascend 910D seja uma melhoria significativa em relação aos seus chips anteriores, visando principalmente um aumento no poder de processamento para treinamentos de IA.

O novo chip deve começar a ser entregue em amostras para testes em maio, com um lançamento em massa esperado para junho, segundo fontes da Reuters.

A Huawei, no entanto, não está sozinha nessa batalha. A companhia chinesa vem tentando, por anos, reduzir a diferença de qualidade e desempenho entre seus chips e os de marcas consagradas como a Nvidia, que detém a liderança no mercado de IA.

Para isso, a Huawei tem investido pesadamente em pesquisas e desenvolvimentos no setor. Assim, em resposta ao domínio crescente das empresas de tecnologia dos Estados Unidos.

O desafio da Huawei em cenário de tensão

A Huawei enfrenta uma enorme pressão, especialmente em relação às restrições impostas pelos Estados Unidos. O governo americano já cortou o fornecimento de chips avançados de IA para a China. A fim de limitar o progresso tecnológico da nação, principalmente no que se refere ao uso de IA em áreas sensíveis como a militar.

O chip H100 da Nvidia, por exemplo, foi proibido de ser vendido para a China em 2022, antes mesmo de ser lançado. Assim, como parte de um esforço para barrar o avanço chinês na tecnologia de IA.

A decisão de Washington de bloquear a exportação de chips como o H100 e o B200 é vista como uma tentativa de manter a supremacia tecnológica dos Estados Unidos. Mas, também acabou forçando a China a intensificar seus próprios esforços para desenvolver alternativas.

O mercado de chips de IA

Com o lançamento do Ascend 910D, a Huawei não apenas se prepara para entrar em um mercado altamente competitivo, mas também tenta estabelecer uma alternativa viável aos chips de IA da Nvidia.

A Huawei e outras empresas chinesas de tecnologia têm se esforçado para alcançar um nível de desempenho semelhante ao da Nvidia em áreas cruciais. Como exemplo: a criação de modelos de aprendizado de máquina e a implementação de algoritmos de IA em grande escala.

Apesar dos desafios geopolíticos e das restrições comerciais, a Huawei parece determinada a não depender exclusivamente das tecnologias norte-americanas. Assim, adotando uma postura agressiva para conquistar seu espaço no mercado de chips de IA.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.