O Itaú acaba de elevar sua recomendação para a BR Partners (BRBI11) de ‘neutro’ para ‘compra’, argumentando que o banco de investimentos está vivendo um momento positivo de resultados e negociando a um valuation descontado. O analista Pedro Leduc também aumentou o preço-alvo para a ação, de R$ 13 para R$ 18. Atualmente, o papel está sendo negociado em torno de R$ 15,10, com uma alta de 5% no dia de hoje.
O Itaú acredita que a BR Partners também se beneficiará da melhora do mercado, que começou há alguns meses e ainda deve se intensificar. O banco destaca a resiliência da BR Partners durante a recente fraqueza do mercado de capitais, evidenciada pelo crescimento de 14% nos lucros e 30% na receita entre 2021 e este ano, com um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) próximo de 20%.
Para o analista, as áreas de DCM (Debt Capital Markets) e M&A (Mergers and Acquisitions) devem ganhar tração no segundo semestre. O aumento da atividade de DCM impulsionará a área de sales & trading, que fornece serviços aos clientes, e a alavancagem operacional geral da companhia.
O Itaú aumentou sua estimativa para o lucro da BR Partners em 13% para este ano e em 1% para o próximo ano. Agora, o banco projeta lucros de R$ 158 milhões e R$ 184 milhões, respectivamente. De acordo com o Itaú, a BR Partners negocia a 9 vezes o lucro estimado para este ano e 8 vezes o lucro do próximo ano, o que é considerado um patamar descontado pelo banco. O preço-alvo do Itaú implica em uma valorização da ação para um múltiplo de 10 vezes o lucro de 2024, mais próximo de seus concorrentes. Por exemplo, o BTG negocia a 12 vezes o lucro.
No relatório, o Itaú também elogiou a decisão da BR Partners de entrar no segmento de wealth management, contratando executivos experientes desse mercado. O Itaú considera essa vertical altamente estratégica e sinérgica, destacando o forte network de famílias de alto patrimônio da BR Partners no Brasil, tanto como acionistas quanto clientes. O Itaú estima uma receita de R$ 5-10 milhões para essa vertical no próximo ano, com o negócio atingindo o ponto de equilíbrio em 2025, o que pode se mostrar conservador, segundo o analista.