
A declaração recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que traficantes são “vítimas dos usuários”, gerou polêmica e debate nacional. Mas será que isso foi apenas um erro de fala? De acordo com análises críticas, essa visão reflete uma ideologia mais profunda da esquerda progressista, que tende a absolver criminosos e atribuir a culpa à sociedade como um todo. Neste artigo, exploramos como essa “sociologia” romantiza o crime, transformando delinquentes em vítimas de um sistema desigual.
O contexto da declaração de Lula
Tudo começou quando Lula tentou explicar a cadeia do tráfico de drogas, sugerindo que os consumidores são os verdadeiros culpados, enquanto os traficantes seriam meras vítimas das circunstâncias. Após a repercussão negativa – especialmente com eleições em vista –, o presidente recuou, alegando que a frase foi “mal colocada”. No entanto, intelectuais alinhados ao governo interpretaram isso como uma crítica à cumplicidade do consumo no ciclo da criminalidade.
Essa não é uma ideia isolada. Ela ecoa uma tradição ideológica que remonta a pensadores como Karl Marx e Michel Foucault, onde o crime é visto não como escolha individual, mas como consequência de desigualdades sociais. Em uma sociedade capitalista, argumentam, o delinquente é produto do meio ambiente, vítima de “violência estrutural”. Assim, a responsabilidade pessoal é diluída, e a sociedade – ou o “sistema” – torna-se o vilão principal.
A inversão moral da esquerda progressista
No cerne dessa visão está uma inversão de valores: o criminoso é desconstruído como um agente ético e reinterpretado como objeto de forças externas. Termos como “contextos de vulnerabilidade“, “ressocialização” e “reeducação psicossocial” substituem conceitos tradicionais de justiça e punição. O crime vira um “sintoma” social, e o delinquente, um paciente de uma doença coletiva.
Essa abordagem não é apenas teórica. Ela se manifesta em políticas públicas: juízes progressistas libertam reincidentes com base em argumentos de “Estado de Direito”, hospitais de custódia são desativados, e criminosos perigosos são reintegrados em comunidades sem supervisão adequada. ONGs e ativistas, muitas vezes financiados por interesses questionáveis, produzem narrativas que glamourizam a marginalidade, transformando pichadores em “artistas de resistência” e bandidos em símbolos de autenticidade social.
Enquanto isso, o cidadão comum – que trabalha, paga impostos e segue as leis – é retratado como alienado ou hipócrita. Essa compaixão seletiva vira condescendência, priorizando a “humanização” do criminoso em detrimento da segurança das vítimas reais.
Herança histórica e influências Culturais
Essa ideologia não surgiu do nada. O Comando Vermelho, por exemplo, herdou táticas e retórica das milícias marxistas dos anos 1970, com lemas como “Paz, justiça e liberdade!” ecoando enquanto praticavam violência urbana. A contracultura da época incentivava: “Seja marginal, seja herói!“. Hoje, isso se reflete na celebração de figuras controversas, onde terroristas e ditadores são romantizados, mas a punição a delinquentes é criticada como “violência estatal”.
No Governo Lula, há uma dualidade: rigor contra opositores políticos e indulgência com aliados. Ministros de áreas de segurança propõem enfrentar o crime com assistentes sociais e campanhas educativas, em vez de enforcement efetivo. O resultado? Um Brasil onde o medo é cotidiano, e a lei parece uma ficção distante.
O 0aradoxo cruel: abandonando os Pobres
Ironia das ironias: quanto mais a esquerda se compadece dos criminosos, mais abandona as comunidades pobres. Essas são as mais afetadas pelo crime – filhos aliciados por facções, bairros sitiados por guerras de territórios. O progressismo penal, vendido como avanço civilizatório, é na verdade um luxo das elites acadêmicas e condomínios blindados. Quem sofre são os vulneráveis, punidos diariamente pela “bandidagem institucionalizada”.
Nenhuma sociedade prospera ao inverter justiça em opressão e criminosos em oprimidos. É hora de questionar essa “moral bastarda” que humaniza o crime às custas da humanidade real.
Conclusão: Tempo de Mudança
A sociologia defendida por Lula e seus aliados não é neutra; é uma ferramenta de poder que captura a virtude moral e desmoraliza críticas como “fascistas“. Para um Brasil mais seguro, precisamos priorizar a responsabilização individual e proteger os cidadãos honestos.
Fonte: Este artigo é baseado na opinião publicada no Estadão, intitulada “A sociologia de Lula romantiza o crime”, disponível em https://www.estadao.com.br/opiniao/a-sociologia-de-lula-romantiza-o-crime/.