De acordo com a organização, a convicção positiva é decorrente da maior confiança nas empresas e menor incerteza política. Além da inflação e a melhora no mercado de trabalho.
No Brasil, a economia pode crescer 1,9% em 2019 e 2,4% no ano seguinte. A expectativa segue a declaração feita nesta quarta-feira, 6, pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A previsão corresponde a redução feita pelo órgão, já que em novembro o número encontrava-se em 2,1%. Tal anúncio foi lançado após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018, no qual avançou 1,1%.
Apesar de haver crescimento quando comparado a 2017, o cálculo representa queda em vista de anos anteriores. Já que, em 2016 foi registrado 3,3% e 3,5% em 2015.
Mesmo com a baixa perspectiva, ainda é aguardado o crescimento progressivo da economia nacional. A OCDE indica a existência de fatores que promovem a segurança da demanda interna, como a implantação bem-sucedida da Reforma da Previdência.
O relatório acrescenta que a ação do governo fortalece o cenário do desenvolvimento financeiro. Enquanto as restrições aplicadas no ano “pesam sobre o crescimento, o investimento e os níveis de vida, em particular das residências com baixa renda”.
PIB mundial
Segundo a OCDE, o mercado internacional permanece em queda. E por esse fator, é mantida a redução de expectativas. A organização prevê o crescimento de apenas 3,3% este ano, e 3,4% em 2020.
A estimativa negativa está presente em praticamente todo os países do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo). Com isso, especialistas observam o enfraquecimento do ritmo mundial, como do comércio global.
A OCDE alerta ainda para o caso do Reino Unido e a União Europeia não entrarem em acordo, pois assim a perspectiva seria significativamente menor. Conforme a organização, este acontecimento afetaria a Grã-Bretanha, e logo provocaria na queda de 2% do PIB. Sem contar a aplicação de tarifas alfandegárias da Organização Mundial do Comércio (OMC).