Poupança ou Cripto?

Poupança ainda é rei, mas cripto seduz brasileiros

Pesquisa revela que o brasileiro ainda ama a poupança (66%), mas diversifica investimentos. Criptomoedas atraem 20% pela chance de alto retorno. Surpreendentemente, mais gente com ensino fundamental investe em cripto do que com ensino médio. Brasil é o 6º maior mercado cripto do mundo!

Quais bancos digitais rendem mais que poupanca
Quais bancos digitais rendem mais que poupanca

Um novo levantamento buscou entender como o brasileiro investe seu dinheiro, qual a sua experiência com diferentes opções e o que ele pensa sobre as famosas criptomoedas. Os resultados mostram um cenário interessante: mais da metade dos entrevistados (55%) já tem pelo menos três tipos de investimentos diferentes ativos, enquanto os outros 45% são ainda mais diversificados, com quatro ou mais aplicações em seu portfólio.

Apesar da variedade, um clássico continua imbatível: a poupança segue firme como o investimento preferido dos brasileiros, mencionada por 66% das mil pessoas ouvidas na pesquisa. Logo atrás vêm as contas digitais que oferecem algum tipo de rendimento (55%) e os títulos privados, como CDBs e LCIs/LCAs (50%). Completando a lista de investimentos mais comuns estão as ações de empresas (41%), planos de previdência privada (31%), títulos públicos como o Tesouro Direto (31%) e a compra de moeda estrangeira, como dólar ou euro (25%).

Mas e as criptomoedas, onde entram nessa história? O estudo perguntou o que mais atrai os investidores para esse universo digital. Para 20% dos entrevistados, a grande isca é a possibilidade de ter um alto retorno financeiro. Outros 13% valorizam mais a alta liquidez – ou seja, a facilidade de comprar e vender esses ativos rapidamente. Além disso, 10% destacaram vantagens como segurança, flexibilidade, baixo custo para manter o investimento e a chance de diversificar ainda mais a carteira.

Essa atração não é à toa. Dados da consultoria Triple-A mostram que o Brasil já é o sexto país do mundo com maior adoção de criptomoedas, com cerca de 17,5% da população possuindo algum ativo digital. Esse movimento crescente está fazendo até os governos se mexerem para criar regras que tragam mais segurança para quem investe.

Guilherme Nazar, vice-presidente da Binance para a América Latina (a maior plataforma de criptos do mundo), acredita que o caráter democrático das criptomoedas é um fator chave. “Elas permitem acesso a produtos que não estão disponíveis para todos no sistema tradicional”, explica. A facilidade de investir a qualquer hora, com valores baixos, usando apenas o celular, tem atraído cada vez mais brasileiros.

A pesquisa também traçou um perfil de quem já investe em cripto no Brasil. A maioria é composta por homens (47%), com renda familiar acima de dez salários mínimos e ensino superior completo. No entanto, um dado curioso chamou a atenção: proporcionalmente, há mais pessoas com apenas o ensino fundamental investindo em criptomoedas do que pessoas com ensino médio completo.

Para Nazar, isso reforça a necessidade de educação financeira. “Precisamos equipar a sociedade com informação de qualidade”, afirma, destacando os esforços da Binance em oferecer conteúdo gratuito. Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva (que conduziu a pesquisa), concorda: “A confiança dos investidores brasileiros em criptomoedas cresce à medida que o público se familiariza com o ativo. A grande barreira hoje ainda é o desconhecimento”. Ele conclui que ampliar o acesso à informação é fundamental para que as pessoas tomem boas decisões sobre onde colocar seu dinheiro.

Fernando Américo
Fernando Américo

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.