
- Ramon Dino é o primeiro brasileiro campeão do Mr. Olympia.
- Cerca de R$ 165 mil do prêmio ficou retido pelo fisco dos EUA.
- Com o título, o atleta soma mais de US$ 147 mil em premiações na carreira.
O brasileiro Ramon Dino, de 30 anos, entrou para a história ao conquistar o título máximo do Mr. Olympia, o campeonato mais prestigiado do fisiculturismo mundial. O feito ocorreu no último sábado (11), em Las Vegas (EUA), onde o atleta acreano venceu o alemão Mike Sommerfeld na categoria Classic Physique e levou US$ 100 mil (cerca de R$ 550 mil) em prêmios.
Mas a glória veio acompanhada de um custo elevado: cerca de R$ 165 mil do valor conquistado serão retidos pelo fisco norte-americano.
Tributação pesa no bolso do campeão
Nos Estados Unidos, ganhos de estrangeiros estão sujeitos a uma retenção de 30% na fonte, o que no caso de Ramon Dino representa US$ 30 mil.
Como Brasil e EUA não possuem acordo de bitributação, o valor retido não é devolvido, embora possa ser compensado no imposto brasileiro.
Na prática, o campeão não precisará pagar tributação adicional no Brasil, mas também não receberá de volta a diferença entre a taxa americana (30%) e a brasileira (27,5%).
O episódio expõe uma realidade comum a atletas e artistas brasileiros que recebem prêmios no exterior.
Trajetória de Ramon Dino até o topo
Desde sua estreia no Mr. Olympia, em 2021, Ramon Dino tem mostrado uma evolução constante.
Naquele ano, terminou em 5º lugar e não recebeu prêmios em dinheiro. Já em 2022 e 2023, conquistou o vice-campeonato, faturando US$ 20 mil em cada edição. No ano passado, ficou em 4º lugar, com US$ 7 mil.
Agora, com a inédita vitória em 2025, o acreano soma US$ 147 mil em ganhos totais (aproximadamente R$ 810 mil) desde que estreou na competição.
No pódio, completaram o top 3 o alemão Mike Sommerfeld e o americano Ruff Diesel.
Rumo a um novo patamar no esporte
O título consagra Ramon Dino como um dos maiores nomes da história do fisiculturismo nacional.
Além da conquista esportiva, ele se torna um símbolo de superação e referência de performance entre atletas brasileiros.
Por fim, com o desempenho histórico, o atleta amplia seu prestígio internacional e deve impulsionar patrocínios e convites para eventos no exterior, reforçando o nome do Brasil no cenário mundial do fisiculturismo.