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Servidores federais devem fazer paralisação no dia 8 para pressionar governo por reajuste salarial

Foto/Reprodução GDI
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Entidades ligadas ao Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) anunciaram uma paralisação para o dia 8, como forma de pressionar o governo em busca de reajuste salarial para os servidores federais. A decisão de cruzar os braços engloba funcionários de instituições como o Banco Central, fiscais federais agropecuários, auditores fiscais do Trabalho e da Receita Federal.

Os servidores reivindicam um reajuste salarial de 26% para compensar as perdas inflacionárias acumuladas ao longo dos últimos anos. Além disso, demandam a equiparação de benefícios, como auxílios-alimentação e creche, equiparando os servidores do Executivo aos do Judiciário e Legislativo.

Proposta do governo e insatisfação

Na última Mesa Nacional de Negociação Permanente, em 29 de agosto, o Ministério da Gestão propôs um reajuste de 1% para 2024. Essa sugestão não foi bem recebida pelas entidades representativas dos servidores, que consideraram a proposta insuficiente e clamaram por uma oferta considerada “minimamente razoável”.

É importante notar que, até o momento, o reajuste proposto não foi incluído nas previsões orçamentárias para 2024. Essa ausência de consideração do reajuste nas projeções do orçamento gera inquietação entre os servidores, pois diminui as perspectivas de atendimento às suas demandas.

A mobilização dos servidores federais reflete a busca por uma valorização salarial condizente com a inflação acumulada nos últimos anos, além de um equilíbrio de benefícios em comparação com outras esferas do serviço público.

Valorização e reconhecimento

A exigência por um reajuste de 26% visa não apenas recuperar as perdas inflacionárias, mas também reconhecer a importância e a dedicação dos servidores federais, destacando a necessidade de um tratamento equitativo em relação aos benefícios.

Portanto, a ausência do reajuste proposto no orçamento para 2024 cria incerteza e insatisfação entre os servidores, que aguardam um posicionamento mais favorável do governo.

A paralisação programada pelos servidores federais demonstra a necessidade de reconhecimento e valorização por meio de reajustes salariais e benefícios equitativos. Afinal, a ausência de inclusão dessas propostas aumenta a tensão entre os servidores, alimentando a expectativa por soluções que atendam às demandas de forma satisfatória.

Padilha diz que meta fiscal não foi discutida em reunião com líderes e ministros

A questão da meta fiscal no Brasil tem gerado discussões acaloradas, especialmente após declarações contraditórias do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Durante a reunião, Padilha afirmou que a meta fiscal não foi o centro das discussões, mas sim a necessidade de aprovar projetos no Congresso que visam aumentar as receitas do governo. O destaque foi para a medida provisória da subvenção do ICMS, que segundo ele, foi o principal enfoque da fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A intenção de zerar o déficit do governo em 2024 tem sido alvo de controvérsias. Recentemente, Lula indicou que não é necessário zerar o déficit, expondo discordâncias dentro do governo. Isso contrasta com a posição do ministro da Fazenda, trazendo à tona um debate interno sobre as diretrizes econômicas.

Padilha ressaltou que não há intenção de alterar a meta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), prestes a receber votação na Comissão Mista de Orçamento. No entanto, há discussões sobre um cronograma para a LDO, evidenciando a complexidade da urgência de definições claras.

Desafios da política fiscal e unidade governamental

As divergências em torno da meta fiscal e a prioridade na arrecadação demonstram desafios para a coesão e alinhamento no governo. É essencial encontrar um consenso para garantir a eficácia das políticas fiscais e a estabilidade econômica do país.

Portanto, a necessidade de aumentar as receitas do governo apontam para a complexidade das decisões econômicas em um ambiente político dinâmico. Afinal, a busca por consenso e clareza nas diretrizes orçamentárias é crucial para garantir a estabilidade econômica e o progresso do país.