
- British Airways suspende voos para Dubai e Doha, seguindo companhias americanas.
- Tensão no Estreito de Ormuz e risco de conflito com o Irã motivam decisão.
- Impacto já é sentido no turismo, na logística aérea e na percepção de segurança no Golfo.
A crise geopolítica no Oriente Médio ganhou um novo capítulo neste fim de semana com a decisão de grandes companhias aéreas de suspender temporariamente voos para os Emirados Árabes Unidos e o Catar. A mais recente a se juntar ao movimento foi a British Airways, que cancelou voos com destino a Dubai e Doha, citando preocupações com a segurança na região.
Assim como outras gigantes do setor — entre elas American Airlines, United e Delta —, a companhia britânica optou por redirecionar suas rotas para evitar o espaço aéreo considerado de risco. A medida ocorre após relatos de movimentações militares e alertas de autoridades internacionais sobre possíveis conflitos envolvendo países do Golfo Pérsico.
Ainda que os aeroportos de Dubai e Doha sigam operando normalmente, as companhias já demonstram preocupação com o aumento das tensões no Estreito de Ormuz, um dos pontos mais estratégicos para o tráfego global de petróleo.
Terceira guerra mundial?
O epicentro das preocupações está justamente no Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% do petróleo comercializado mundialmente. A região tem sido alvo de ameaças diretas do Irã, que declarou recentemente que poderá fechar o estreito em resposta a pressões dos EUA e seus aliados.
Nos bastidores, especialistas em aviação e segurança indicam que há receio crescente de ataques a aeronaves comerciais. Por mais que o espaço aéreo do Golfo continue oficialmente aberto, as seguradoras de aviação já vêm sinalizando aumento nos custos de cobertura para voos que cruzam a região.
Além da British Airways, as empresas norte-americanas já haviam anunciado rotas alternativas. Essa movimentação em cadeia mostra que o setor aéreo está se antecipando a uma possível escalada, como ocorreu em episódios anteriores no Oriente Médio, a exemplo das tensões com o Iêmen e a guerra entre Israel e Hamas.