Virada radical

Toyota deixa de fabricar modelo de veículo 100% a combustão

A montadora japonesa acelera sua revolução verde ao transformar o RAV4, seu SUV mais vendido, em modelo exclusivamente híbrido.

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Toyota deixa de fabricar modelo de veículo 100% a combustão
  • Toyota anuncia que modelo será exclusivamente híbrido no país
  • SUV contará com 236 cavalos e plataforma de software Arene
  • Toyota quer manter o RAV4 híbrido acessível mesmo diante de tensões comerciais

A Toyota anunciou que encerrará a produção da versão a gasolina do RAV4 nos Estados Unidos, apostando exclusivamente em versões híbridas do modelo a partir de agora.

A medida marca uma virada radical na estratégia da montadora japonesa, que vem intensificando sua transição para veículos eletrificados. A decisão, revelada na última terça-feira (20), simboliza o compromisso da empresa com a mobilidade sustentável, justamente em seu mercado mais importante.

O RAV4, que chegou à sua sexta geração nos EUA, estreará em uma nova versão com motor híbrido e potência aumentada para até 236 cavalos. O modelo agora integrará o sistema Arene, plataforma de software desenvolvida pela Woven By Toyota, que permitirá a atualização remota de funcionalidades e a implementação de novos recursos digitais.

A mudança, no entanto, segue um movimento semelhante adotado anteriormente com o sedã Camry. Contudo, que também passou a ser oferecido exclusivamente na versão híbrida.

As operações

Segundo Mark Templin, diretor de operações da Toyota Motor nos EUA, o sucesso contínuo dos modelos híbridos deu à empresa a confiança para aposentar a versão a combustão do SUV.

“O sucesso geral que tivemos com a venda de híbridos nos deu total confiança de que poderíamos fazer isso com esse carro também”, afirmou Templin.

Além das questões ambientais e de mercado, a decisão também busca antecipar-se a possíveis barreiras comerciais. Os Estados Unidos estudam impor tarifas de até 25% sobre carros importados, o que ameaça significativamente os modelos montados no Japão ou no Canadá, origem de boa parte do RAV4 vendido nos EUA.

A Toyota, portanto, trabalha para manter os preços competitivos e o modelo acessível aos consumidores. Ainda, apesar das incertezas fiscais e geopolíticas.

Ainda de acordo com Templin, o objetivo é manter o RAV4 híbrido com preço inicial em torno de US$ 32.300, valor aproximadamente US$ 3.000 mais caro que a versão a gasolina anterior.

A montadora não especificou a economia de combustível exata, mas informou que o modo exclusivamente elétrico do novo modelo alcança até 50 milhas. Dessa forma, um aumento de 20% em relação ao antecessor.

Transformação técnica

O RAV4 híbrido não apenas marca uma transformação técnica, mas também posiciona a Toyota como uma das líderes globais na transição energética automotiva.

A empresa, portanto, afirma que mais de 80% dos modelos vendidos da marca Lexus e Toyota nos EUA já contam com algum nível de eletrificação. Seja híbrido leve, híbrido completo ou elétrico.

Em um cenário de concorrência acirrada com outras montadoras que também apostam em SUVs eletrificados (como Honda, Hyundai, Nissan e General Motors), a Toyota pretende destacar-se por meio de inovação em software. Além da eficiência energética e confiabilidade mecânica, áreas em que tradicionalmente se sobressai.

Com essa decisão estratégica, a Toyota envia um recado claro ao mercado: o futuro da mobilidade será híbrido (ao menos até que os elétricos puros conquistem escala e infraestrutura suficientes). Enquanto isso não acontece, o novo RAV4 2025 será o carro-chefe de uma nova era para a montadora japonesa.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.