Reação Imediata

Urgente: Mercados disparam após suspensão de tarifas

Trump suspende tarifas para aliados e aumenta para 125% com a China, impulsionando mercados e reacendendo tensões comerciais.

acoes ibovespa mercados b3 min
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  • Trump suspendeu tarifas para mais de 75 países por 90 dias, mas aumentou a tarifa da China para 125%.
  • Os mercados reagiram positivamente, com altas superiores a 6% nos principais índices globais.
  • O Brasil foi incluído entre os países beneficiados e deve retomar negociações comerciais com os EUA.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) a suspensão temporária de tarifas para mais de 75 países, reduzindo-as para 10% durante um período de 90 dias.

No entanto, a China ficou de fora da trégua e enfrentará aumento de tarifas para 125%. A medida impulsionou os mercados, mas reacendeu o conflito comercial entre Washington e Pequim.

Trump surpreende ao reduzir tarifas para aliados

Donald Trump anunciou uma pausa tarifária de 90 dias com países considerados aliados econômicos dos Estados Unidos. A suspensão reduz tarifas de 34% para 10% e vale para mais de 75 países, entre eles Brasil, Japão, Alemanha, Coreia do Sul e México. O presidente justificou a decisão como uma “abertura diplomática para negociações comerciais bilaterais com base em reciprocidade”.

Sendo assim, o anúncio causou reações imediatas nos mercados financeiros. As bolsas globais reagiram positivamente, indicando que investidores viram na medida um sinal de descompressão em meio ao aumento das tensões comerciais nos últimos meses.

Desse modo, Trump também afirmou esperar que os países beneficiados avancem rapidamente nas negociações e compromissos comerciais mais duradouros.

China fica de fora e tarifas sobem para 125%

Apesar da flexibilização para vários países, a China não foi incluída na lista de beneficiários. Ao contrário, Trump endureceu a política tarifária com o país asiático, elevando a alíquota para 125%.

A justificativa foi o “comportamento abusivo” da China em práticas comerciais e a “falta de cooperação” nas negociações anteriores. O governo americano acusou Pequim de continuar manipulando sua moeda e manter políticas protecionistas.

Anteriormente, a China havia aumentado suas tarifas sobre produtos norte-americanos para 84% e cogitou novas sanções econômicas. O governo chinês classificou a decisão de Washington como “hostil” e disse que o país avaliará medidas adicionais contra empresas americanas em território chinês. A escalada reacendeu preocupações sobre uma possível divisão irreversível nas cadeias produtivas globais.

Mercados disparam com sinal de trégua parcial

Nos Estados Unidos, os índices acionários dispararam. O Nasdaq avançou 9%, puxado por ações de tecnologia como Apple e Nvidia, enquanto o S&P 500 subiu 7%. O Dow Jones teve alta de 6,3%.

No Brasil, o Ibovespa subiu mais de 3%, impulsionado pelas expectativas de aumento das exportações para os EUA. Empresas de commodities, como Petrobras e Vale, lideraram os ganhos.

Além disso, o dólar perdeu força frente ao real, sendo negociado a R$ 5,89. Investidores interpretaram a medida como sinal de que o governo americano pretende buscar estabilidade com parceiros estratégicos, mesmo mantendo o confronto com a China.

Portanto, a queda nas tensões com outros países impulsionou também os mercados asiáticos e europeus.

Brasil entre os beneficiados com a trégua

O Brasil está entre os países beneficiados pela suspensão temporária das tarifas. O Ministério da Fazenda afirmou que a medida representa uma chance de retomar acordos comerciais interrompidos desde 2023.

O governo prepara uma comitiva para Washington nas próximas semanas com o objetivo de ampliar o acesso de produtos brasileiros ao mercado norte-americano, especialmente no setor de proteína animal e manufaturados.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) celebrou a decisão. Para a entidade, a redução da tarifa abre caminho para uma reindustrialização com maior integração às cadeias produtivas globais.

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) também elogiou o gesto de Washington e defendeu um diálogo contínuo com o governo norte-americano para consolidar os ganhos.

Especialistas divergem sobre efeitos de longo prazo

Apesar da reação positiva dos mercados, economistas alertam para os efeitos de longo prazo do isolamento da China. Relatórios do Banco Mundial e da OCDE indicam que a elevação das tarifas entre as duas potências pode reduzir o crescimento global em até 1 ponto percentual em 2025.

A reorganização das cadeias de produção, embora beneficie alguns países, pode provocar escassez de insumos em setores estratégicos.

Empresas multinacionais começam a redesenhar seus fluxos logísticos para reduzir a dependência de parceiros envolvidos no conflito. Analistas afirmam que os próximos meses serão decisivos para medir os impactos reais das novas políticas comerciais de Trump sobre o comércio internacional e o crescimento econômico.

Luiz Fernando
Licenciado em Letras, apaixonado por esportes, música e cultura num geral.
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