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Novela Braskem: Quem vai vencer a disputa pela aquisição?

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No mundo agitado de fusões e aquisições (M&A), a Braskem se tornou um ponto focal de interesse. A empresa, que é um dos principais players no setor petroquímico brasileiro, está no centro de uma disputa de ofertas entre a Unipar e a J&F Investimentos.

A Unipar, uma das principais concorrentes no mercado de cloro-soda, fez uma oferta de R$ 10 bilhões pela participação da Novonor na Braskem. No entanto, após a J&F Investimentos apresentar uma proposta concorrente com o mesmo valor, a Unipar declarou que não aumentará sua oferta.

Por outro lado, a J&F Investimentos, controlada pela família Batista, também fez uma oferta de R$ 10 bilhões. A proposta da J&F difere da Unipar em vários aspectos, incluindo o fato de que a J&F propõe comprar o crédito dos bancos, sem especificar as condições de conversão da dívida em equity.

Do ponto de vista dos bancos, as ofertas parecem equivalentes, já que ambos os compradores estão oferecendo quitar uma dívida de R$ 15 bilhões pagando R$ 10 bilhões. No entanto, existem diferenças fundamentais no conteúdo e na mecânica das duas ofertas.

A oferta da Unipar permitiria à família Odebrecht manter uma participação de 4% na Braskem, avaliada em R$ 1 bilhão. Em contraste, a proposta da J&F deixaria a família Odebrecht sem nenhuma participação remanescente na empresa.

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A situação atual da Braskem é um exemplo claro da complexidade e da dinâmica do mercado de M&A. Com duas ofertas concorrentes na mesa, o futuro da Braskem e o impacto para os bancos e a família Odebrecht permanecem incertos.

Recomendações para Braskem

A Braskem (BRKM5), uma das principais empresas petroquímicas do Brasil, está no centro das atenções no mercado de ações devido às negociações em andamento para a venda de sua participação. Essa situação levou o JPMorgan a alterar sua recomendação para as ações da empresa.

Segundo matéria do Valor, os bancos credores da Novonor, antiga Odebrecht, não estão em consenso sobre conceder exclusividade para a Unipar Carbocloro (UNIP6) nas negociações de venda da participação na Braskem. Fontes indicaram ao jornal que há um alinhamento para avaliar tanto a proposta da Unipar quanto a do consórcio Apollo/Adnoc. Os credores acreditam que a capacidade de alavancagem da Unipar no longo prazo para consolidar o setor petroquímico é menor em comparação com a da gestora norte-americana em conjunto com a empresa árabe. Uma fonte mencionou que a Petrobras (PETR3; PETR4) também estaria alinhada com os credores para discutir as propostas existentes e manter o processo mais competitivo.

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Em resposta a um questionamento da CVM, a Braskem divulgou um comunicado negando um acordo de R$ 1,7 bilhão com a prefeitura de Maceió relacionado ao afundamento de solo causado pela exploração de sal-gema pela empresa. A companhia afirmou que está avançando em tratativas com entes públicos, incluindo o Município de Maceió, sobre pleitos indenizatórios, mas nenhum acordo foi assinado até o momento e os termos e condições ainda estão sujeitos à aprovação dos órgãos de governança e das contrapartes envolvidas.

Enquanto isso, a Unipar Carbocloro aguarda o aval dos bancos Bradesco (BBDC3; BBDC4), Itaú (ITUB4), Santander (SANB11), BNDES e Banco do Brasil (BBAS3) para realizar uma due diligence na Braskem. Se a proposta for aceita, a Unipar terá exclusividade para analisar a empresa, com o compromisso dos bancos de não executarem outras garantias. A Unipar já apresentou uma carta de compromisso de financiamento do Itaú e do Citi, validando sua intenção no negócio.

Diante desse cenário, o JPMorgan reduziu sua recomendação para as ações da Braskem de “overweigh” (equivalente a compra) para “neutra”. O banco também ajustou o preço-alvo de R$ 30 para R$ 28,50, e o ADR (American Depositary Receipt) de US$ 11,50 para US$ 11. A maior preocupação do JPMorgan está relacionada à projeção dos spreads e ao preço dos produtos da Braskem, além de analisar em qual parte do ciclo a empresa se encontra atualmente.

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Diante das negociações em curso e das incertezas envolvendo a venda da participação na Braskem, investidores e analistas estão avaliando se é o momento adequado para comprar ações da empresa. As decisões estratégicas e as definições das negociações certamente terão um impacto significativo no futuro da Braskem e nas perspectivas de seus investidores.


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