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Novo desastre? Após IPO complicado, Méliuz estuda listagem de subsidiária Bankly

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A companhia de fidelização Méliuz enfrentou bastantes complicações em seu processo de IPO, ao realizar suas listagem em um momento ruim de mercado.

A eclosão da pandemia e as restrições sociais tiraram todo o brilho do mercado em 2020, e as ações que realizaram seus IPOs em meio a esta etapa da bolsa, sucumbiram em massa, em uma safra pouco frutífera para IPOs.

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No entanto, a “experiência” ruim não parece ter desanimado o conselho de administração do Méliuz (CASH3) que autorizou nesta tarde (24) a realização de estudo para eventual segregação das operações de soluções de pagamento e banking as a service que opera utilizando a marca Bankly, com a possibilidade de listagem de ações como uma companhia independente.

Segundo fato relevante, o objetivo da eventual transação é “liberar o pleno potencial dos negócios de soluções de pagamento e banking da companhia, permitindo que operem de forma autônoma, com administração separada e foco nos seus respectivos modelos de negócios e oportunidades de mercado”.

As ações operaram em cenário negativo nesta segunda-feira, em meio a sangria do mercado e a derrocada do índice Ibovespa:

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Só em 2023 volume de IPOs retomará ritmo normal, aponta especialista

Expectativa é que somente em 2023 o volume de ofertas públicas iniciais retome o ritmo normal, mas após as eleições pode haver leve reaquecimento, segundo economista-chefe da TM3 Capital

desaceleração econômica e a inflação persistente impõem condições restritivas para as economias de vários países, incluindo o Brasil. O reflexo desse cenário ficou bastante visível nas transações comerciais e nos investimentos, com uma carência mais pronunciada de Ofertas Públicas Iniciais (IPOs), por conta da volatilidade comercial até aqui. A pergunta de milhões é se o final deste ano e 2023 terão um panorama diferente.

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Dados da Renaissance Capital, empresa americana que pesquisa e investe em IPOs, apontam apenas 53 IPOs neste ano nos Estados Unidos, uma queda de mais de 80% em relação ao mesmo período de 2021. No Brasil, até o fim de agosto nenhum IPO havia sido feito.

O ano anterior foi marcado por um boom de ofertas públicas iniciais de ações no Brasil. A bolsa de valores brasileira encerrou o ano com 45 IPOs e 26 follow-ons. O mercado de ofertas movimentou R$ 126,9 bilhões, sendo R$ 65,2 bilhões em ofertas primárias e R$ 61,6 bilhões em operações secundárias. O montante ficou atrás apenas de 2010, quando os IPOs e follow-ons levantaram R$ 149,2 bilhões.

Segundo Lucas Dezordi, economista-chefe da TM3 Capital, as perspectivas para o mercado brasileiro em 2022 já não eram otimistas desde o início do ano, uma vez que o país tem marcadas as eleições presidenciais para o mês que vem.

“Em 2021, tivemos uma alta liquidez no mercado e os investidores puderam investir muito. Neste ano, eles têm sido mais cautelosos sobre até onde vai a avaliação de mercado das empresas, em comparação com seus ganhos, e isso gera uma prudência em quem planejava fazer seus IPOs”.

Dezordi explica que é importante entender o mercado e fazer uma análise detalhada, antes de seguir com os planos de IPO, pois isso pode fazer a diferença para minimizar riscos e maximizar oportunidades.

“O baixo desempenho das empresas que abriram o capital em 2021 não é um bom presságio para as que desejam abrir o capital agora. Elas estão esperando para ver como as coisas se estabilizam. As mais consolidadas deixarão para depois os planos de IPOs e esperarão uma nova oportunidade”, pontua.

O economista acredita que o final do ano pode ter um início de retomada e que em 2023 os IPOs possam voltar com mais força.

“Não passamos pelo período das eleições, que influencia todo o aspecto econômico do país. Quando os rumos estiverem definidos para os próximos anos, é mais provável que haja uma movimentação maior, acredito que a partir de novembro. A partir daí, vamos ver os caminhos da economia para 2023, que deve ser um período um pouco mais otimista para o mercado de IPOs”.

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