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Mercados observam crise imobiliária na China; Bolsas dos EUA se beneficiam de ações de tecnologia, mas Ibovespa enfrenta 10ª queda consecutiva.
A semana de negociações começa sob a sombra da crise no setor imobiliário chinês, que sinaliza uma possível desaceleração econômica mais profunda na Ásia. Apesar disso, os mercados norte-americanos, assim como os do Brasil, permanecem atentos a esse cenário.
Em Nova York, as bolsas tiveram um desempenho positivo, impulsionadas pelas ações do setor de tecnologia, com destaque para a Nvidia, que foi elevada à categoria de “top pick” do setor pelo Morgan Stanley.
O Nasdaq registrou um avanço de 1,05%, atingindo 13.788,33 pontos, enquanto o Dow Jones subiu 0,07%, chegando a 35.307,63 pontos, e o S&P500 obteve um ganho de 0,58%, alcançando 4.489,72 pontos.
Mercados Internacionais Enfrentam Desafios Divergentes: Techs Impulsionam NY, Enquanto Ibovespa Mantém Quedas Históricas
O início da semana de negociações trouxe um foco intenso na crise imobiliária que afeta o setor na China, gerando preocupações em relação a uma potencial desaceleração econômica mais acentuada na Ásia. Tanto os mercados norte-americanos quanto os brasileiros observam de perto os desdobramentos dessa situação.
Em Nova York, as bolsas se mostraram resilientes, particularmente devido ao desempenho do setor de tecnologia. As ações da Nvidia, destacadas como “top pick” pelo Morgan Stanley, lideraram o movimento positivo.
O Nasdaq teve um avanço notável de 1,05%, atingindo 13.788,33 pontos. O Dow Jones subiu 0,07%, chegando a 35.307,63 pontos, e o S&P500 ganhou 0,58%, fechando em 4.489,72 pontos.
Por outro lado, no cenário brasileiro, a aversão ao risco prevaleceu, impactando negativamente o desempenho do Ibovespa. O índice encerrou o dia com uma queda de 1,06%, registrando sua décima baixa consecutiva. Essa sequência de quedas é a mais longa desde fevereiro de 1984, demonstrando a volatilidade e incerteza enfrentadas pelos investidores locais. O volume financeiro negociado atingiu R$ 22,1 bilhões.
Enquanto os mercados internacionais demonstraram resiliência diante da crise chinesa, essa situação continua sendo um fator de incerteza global. Os movimentos nos Treasuries refletiram essas preocupações, com um aumento nas taxas de juros.
No contexto brasileiro, desafios internos também contribuíram para a sequência de quedas no Ibovespa, reforçando a importância de monitorar tanto os fatores externos quanto os domésticos que influenciam os investimentos no Brasil.
Preocupações na China e resultados eleitorais na Argentina impulsionam aversão ao risco, impactando mercados emergentes
O mercado financeiro enfrentou um dia de agitação com o dólar ganhando força frente ao real, seguindo uma tendência global de aversão ao risco que afetou especialmente as moedas emergentes da América Latina.
O peso colombiano e o peso mexicano também registraram desvalorizações significativas, à medida que investidores buscaram ativos mais seguros devido às crescentes incertezas econômicas.
As preocupações em torno da desaceleração da economia chinesa desencadearam uma onda de nervosismo nos mercados internacionais na semana passada. Os sinais de uma nova crise no setor imobiliário chinês agravaram as apreensões, afetando diretamente as moedas ligadas a commodities. Entre essas, destaca-se o real brasileiro, que viu seu valor ser impactado pela sua dependência das exportações de matérias-primas.
Porém, o foco das preocupações também se voltou para a Argentina, um parceiro comercial estratégico para o Brasil.
Os resultados das primárias eleitorais no país vizinho trouxeram uma guinada política, com a vitória da extrema direita. Essa virada provocou uma desvalorização acentuada do peso argentino e uma drástica elevação das taxas de juros, gerando turbulência nos mercados locais e ampliando a sensação de instabilidade na região.
Internamente, o mercado brasileiro aguarda a retomada da votação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados. Além disso, a possibilidade de um reajuste nos preços dos combustíveis pela Petrobras está sendo monitorada de perto, em resposta ao aumento nos preços do petróleo nos mercados internacionais.
O fluxo de saída de investidores estrangeiros da bolsa brasileira tem sido uma característica marcante deste mês, com uma retirada de R$ 6,5 bilhões até o dia 10. O Ibovespa, principal índice da bolsa, tem enfrentado baixas consistentes ao longo de agosto, ampliando as preocupações entre os investidores locais.
O dólar à vista fechou o dia com uma alta significativa de 1,25%, alcançando a marca de R$ 4,9656, após oscilações entre R$ 4,9121 e R$ 4,9711. Ao mesmo tempo, nos mercados internacionais, o índice DXY, que mede a força do dólar frente a outras moedas principais, apresentou um aumento de 0,28%.
O euro e a libra, por outro lado, registraram quedas em relação ao dólar, mostrando a influência desses eventos globais nas principais moedas do mercado internacional.
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