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- As principais economias do globo estão se movendo para aumentar os juros.
- O movimento busca corrigir a inflação global, e já está afetando os mercados.
Quem está levemente familiarizado com políticas econômicas sabe muito bem a receita para combater a inflação: a alta dos juros. Com a recente crise global provocada pelas consequências do Covid na escala global de produção, aliada com a crise gerada pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia e suas sanções econômicas resultaram em uma inflação generalizada no globo. Para lutar contra esta inflação, os bancos centrais estão correndo contra o relógio para ajustar as taxas de juros.
O Fed (Banco Central americano) elevou as taxas nesta semana em 0,75 ponto percentual para uma faixa de 1,50% a 1,75%. O que animou os mercados e as ações dos EUA comemoraram seus maiores ganhos desde 1994.
A valorização dos principais índices se baseia na expectativa de que decisões mais conservadoras agora signifiquem intervenções mais acomodatícias no futuro.
“Não acho que um movimento desse tamanho seja incomum”, disse o presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista após o anúncio da nova taxa.
Mesmo assim, se os dados de inflação não melhorarem, ainda é uma boa maneira de fazer o mesmo em próxima reunião de política monetária.
Do outro lado do Atlântico, o Banco da Inglaterra (BoE) elevou os juros para 1,25% na manhã desta quinta-feira, feriado no Brasil. A taxa de juros de referência do Banco da Inglaterra superou 1% pela primeira vez desde 2009, o que também foi uma façanha. Seguindo seus pares, o SNB, o BC da Suiça, também elevou as taxas de juros na quinta-feira pela primeira vez desde 2007.
Ademais, o Banco Central Europeu (BCE) também alertou que vai apertar a política monetária em julho e retomar as operações em setembro. Por isso, sinalizou com antecedência que aumentaria as taxas mais duas vezes.
Apesar das críticas de que o BCE precisa de tempo para melhorar suas armas contra a inflação, o banco se defendeu da necessidade de reorganizar o mercado de títulos soberanos da zona do euro. Eles negociaram de forma tão diferente que levou o BCE a anunciar a criação de uma ferramenta para evitar a discrepância e, por sua vez, uma crise de financiamento ou rolagem da dívida.
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