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- A Moody’s anunciou na última sexta-feira (26), a elevação do rating do Paraguai de Ba1 para Baa3
- Isto, além de ajustar a perspectiva de positiva para estável, concedendo ao país o grau de investimento segundo a agência
- Esse upgrade, contudo, reflete a avaliação da Moody’s sobre a economia paraguaia, que tem demonstrado um crescimento “sustentado e robusto”
A Moody’s anunciou na última sexta-feira (26), a elevação do rating do Paraguai de Ba1 para Baa3. Isto, além de ajustar a perspectiva de positiva para estável, concedendo ao país o grau de investimento segundo a agência.
Esse upgrade reflete a avaliação da Moody’s sobre a economia paraguaia, que tem demonstrado um crescimento “sustentado e robusto”. A agência destaca que a economia do Paraguai se tornou mais resistente a choques externos, beneficiada por um histórico de reformas institucionais que fortaleceram a governança e as estruturas institucionais do país.
A Moody’s também reconhece a estratégia contínua de sucessivos governos paraguaianos em diversificar a economia. E investir em infraestrutura, ao mesmo tempo em que preservam a solidez fiscal e ampliam o acesso soberano aos mercados de financiamento.
A agência projeta que o Paraguai manterá um crescimento econômico de cerca de 3,5% nos próximos anos, alinhado com seu potencial de desenvolvimento. A elevação do rating é um reflexo da confiança na capacidade do país de sustentar esse crescimento e enfrentar desafios econômicos futuros.
Moody’s
A Moody’s, no entanto, é uma das principais agências de classificação de risco e análise financeira do mundo. Fundada em 1909, a empresa é conhecida por avaliar a qualidade de crédito de emissores de dívida, incluindo governos, empresas e instituições financeiras. A agência, assim, fornece classificações de crédito que ajudam investidores e instituições a avaliar o risco associado a diferentes investimentos.
A agência classifica a capacidade de um emissor de pagar suas dívidas com base em uma escala que vai de Aaa (o nível mais alto) a C (o nível mais baixo). Além das classificações de crédito, a Moody’s, contudo, também oferece pesquisas e análises sobre mercados financeiros, tendências econômicas e riscos de crédito.
Além da Moody’s Investors Service, que realiza as classificações de crédito, o grupo também inclui a Moody’s Analytics. Este, contudo, que fornece ferramentas de análise financeira e informações econômicas para profissionais do setor financeiro.
Entenda melhor sobre o grau de investimento
Elevar o rating de um país significa que a agência de classificação de risco, como a Moody’s, revisou e melhorou a nota de crédito atribuída ao país. Essa nota é uma avaliação da capacidade do país de cumprir suas obrigações financeiras, como pagar sua dívida.
Quando uma agência de classificação de risco aumenta o rating de um país, isso geralmente indica que a agência acredita que o país tem uma economia mais estável e uma gestão financeira mais sólida. O aumento no rating reflete, no entanto, uma percepção reduzida do risco associado ao país para investidores e credores.
Adquirir grau de investimento significa que o país foi classificado como tendo um nível de crédito considerado seguro e confiável para investimentos. Esse status, contudo, é atribuído a países que apresentam uma capacidade sólida de pagamento de suas dívidas, com uma perspectiva econômica estável e um bom histórico financeiro.
No contexto das classificações de crédito, as notas são categorizadas em duas grandes classes:
- Grau de Investimento: Refere-se a notas que indicam um risco mais baixo para investidores. As classificações vão de Baa3 a Aaa (Moody’s) ou de BBB- a AAA (S&P e Fitch).
- Grau Especulativo: Refere-se a notas que indicam um maior risco de crédito. As agências consideram as classificações abaixo de Baa3 (Moody’s) ou BBB- (S&P e Fitch) como grau especulativo ou “junk”.
Ao elevar o rating de um país para o grau de investimento, a agência reconhece que o país agora exibe características econômicas e financeiras suficientemente fortes para justificar a confiança dos investidores e credores. Isso geralmente resulta em menores custos de financiamento, assim, para o país e pode atrair mais investimentos estrangeiros.
O Brasil, no entanto, ainda não é “investment grade“, significando, assim, que a classificação de crédito do país ainda não alcançou o status considerado seguro e confiável para investidores. Em termos de agências de classificação de risco, esse status refere-se a um nível de crédito que indica um menor risco de inadimplência e uma sólida capacidade do país de cumprir suas obrigações financeiras.
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