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Pressionada pelo governo para mudar a sua política de preços, a Petrobras (PETR4) sinalizou que o custo dos segue uma tendência de alta e assim continuará.
Isso indica que as medidas anunciadas pelo presidente para conter o preço dos combustíveis, como a isenção de impostos federais e o pagamento de ICMS zerado pelos Estados, não deverão ter o efeito esperado.
Assim sendo, em uma nota enviada à imprensa com “esclarecimento da Petrobras sobre a prática de preços de mercado”, a petroleira afirma que “não há fundamentos que indiquem a melhora do balanço global e o recuo estrutural das cotações internacionais de referência para o óleo diesel”.
Nesse sentido, na avaliação da Petrobras, o atual cenário mundial é de escassez.
Ou seja, e como o Brasil é deficitário em produção de óleo diesel, tendo importado quase 30% da demanda total em 2021, o resultado é este: “poderá haver maior impacto nos preços e no suprimento”.
Desse modo, a estatal afirma ainda que esse cenário se tornou ainda mais provável porque o consumo nacional de diesel é historicamente mais alto no segundo semestre.
Isto é, devido ao aumento das atividades agrícola e industrial.
“Ressalta-se, também, que o mercado interno registrou recorde de consumo de óleo diesel no ano passado e essa marca deverá ser superada em 2022”
declarou a empresa
Logo, o comunicado da Petrobras é divulgado no momento em que o governo busca substituir o atual presidente José Mauro Coelho. Isto é, que assumiu o comando da estatal em abril, por Caio Paes de Andrade, atual secretário especial de desburocratização do Ministério da Economia.
Assim, a indicação precisa passar por uma assembleia-geral extraordinária de acionistas, que ainda não foi agendada.
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