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- Petrobras projeta investir US$ 110 bilhões entre 2025 e 2029, um crescimento de 8% em relação ao plano anterior
- O novo plano manterá a prioridade na exploração e produção de petróleo, especialmente nos campos de Tupi e Búzios
- A empresa espera avançar em projetos na Foz do Amazonas, aguardando licença do Ibama para iniciar atividades na área
- Além do petróleo, a Petrobras planeja investimentos significativos em fertilizantes, com a retomada da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados em Três Lagoas
- Apesar do aumento nos investimentos, a Petrobras enfrenta dificuldades para cumprir metas anuais devido ao aumento de custos e reavaliação de projetos
O novo plano estratégico da Petrobras para o período de 2025 a 2029 está em sua fase final de elaboração e promete um aumento significativo nos investimentos, totalizando cerca de 110 bilhões de dólares. Esse valor representa um crescimento de 8% em relação ao programa anterior, conforme informações de fontes próximas ao processo, que falaram sob condição de anonimato. A expectativa é que os detalhes finais sejam divulgados até o final de novembro.
As discussões em torno desse plano estão bastante avançadas, com a Petrobras sinalizando um reforço em seus investimentos em diversas áreas, incluindo o setor de fertilizantes. Contudo, a exploração e produção de petróleo e gás continuam a ser as principais prioridades da empresa.
Focos estratégicos
Um dos focos estratégicos será a Margem Equatorial, onde a companhia aguarda autorização do Ibama para iniciar atividades na Foz do Amazonas, uma região com alto potencial para a exploração de petróleo.
As fontes indicam que o plano está próximo de ser finalizado, com apenas ajustes finais e uma análise de cenários pendentes. “Estamos na reta final do fechamento do plano. Falta apenas um ajuste fino”, explicou uma das fontes. Atualmente, o valor projetado para os investimentos gira em torno de 107 bilhões de dólares, mas ajustes podem levar a esse montante a aproximadamente 110 bilhões.
Após a divulgação no Brasil, a Petrobras realizará um “road show” para apresentar o novo plano a investidores em mercados internacionais, como Nova York e Londres. A área de exploração e produção de petróleo continuará a receber ênfase significativa. “Toda gota de petróleo importa”, afirmaram as fontes. Ainda, ressaltando a estratégia da empresa de maximizar a produção em campos já estabelecidos, como o campo de Tupi, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, que visa aumentar a produção para 1 milhão de barris por dia até 2027.
Além disso, a campanha de exploração na área de Búzios, que promete se tornar o maior produtor de petróleo do Brasil, será uma prioridade. A empresa também pretende investir na Bacia de Campos para mitigar o declínio natural da produção.
“O objetivo é perfurar mais poços, incluindo poços originários, complementares e novos poços”, afirmaram.
Expectativa perante às dificuldades
No que diz respeito à Margem Equatorial, a expectativa é que o novo plano destine entre 3 a 4 bilhões de dólares para essa campanha, mesmo diante das dificuldades enfrentadas pela empresa em 2023 para cumprir metas anuais de investimento. Entre os desafios estão o aumento dos preços globais de insumos e equipamentos, que forçam a reavaliação de projetos e cronogramas de execução.
Recentemente, a Petrobras aprovou a retomada das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III) em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Ainda, com investimentos de 3,5 bilhões de reais, destacando a importância desse insumo para o agronegócio brasileiro. A empresa também planeja reiniciar a construção de uma fábrica de fertilizantes nitrogenados no Paraná.
O movimento em direção a um plano de investimentos maior ocorre em um contexto desafiador. Mas a Petrobras está determinada a solidificar sua posição no setor, reforçando seu compromisso com a exploração de petróleo e gás. Além de diversificar seus aportes em áreas estratégicas como a produção de fertilizantes.
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