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O novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou em entrevista à Bloomberg News que a companhia deve continuar aumentando sua produção de petróleo nas próximas décadas, afirmando que o Brasil pode ser o último país a produzir petróleo no mundo. A afirmação ecoa a política de outros exportadores de petróleo, como a Arábia Saudita, que argumentam que investir na expansão dos combustíveis fósseis é compatível com a ambição global de levar as emissões líquidas de carbono a zero.
Prates, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de seu terceiro mandato neste ano, disse que a produção de petróleo continuará sendo a principal prioridade. O investimento em energia eólica e outras tecnologias renováveis da empresa será pequeno em comparação. Os comentários de Prates podem aliviar preocupações entre alguns investidores minoritários de que o novo governo priorizaria projetos de investimento não essenciais em detrimento do negócio de petróleo e gás.
A produção do Brasil deve atingir um recorde de 3,4 milhões de barris por dia este ano, e continuará crescendo até 2030. Depois disso, o país precisará de novas descobertas para manter e aumentar a produção. A prioridade da Petrobras será explorar as descobertas existentes nas áreas do pré-sal e encontrar novas reservas, enquanto busca abrir novas bacias em outras partes do Brasil, incluindo a chamada Margem Equatorial no extremo norte do país.
Prates também afirmou que a Petrobras buscará investimentos em projetos marítimos de energia eólica, bem como em captura de carbono e biocombustíveis, áreas em que já possui experiência. Ele disse que a empresa está explorando parcerias com grandes petrolíferas europeias, incluindo a norueguesa Equinor. A empresa também deve encontrar um melhor equilíbrio entre canalizar recursos para os acionistas e investimentos, disse ele.
Em meio a uma crise energética global, a declaração de Prates mostra que o Brasil segue firme na produção de petróleo, mesmo com a crescente pressão internacional por fontes renováveis de energia. A decisão deve gerar controvérsias, uma vez que o país é um grande emissor de gases do efeito estufa, e deve acirrar ainda mais os debates sobre a transição energética.
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