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A companhia de turismo CVC (CVCB3) teve um prejuízo líquido de R$ 94,8 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), uma queda de 46% na comparação anual, informou nesta terça-feira (9).
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi negativo em R$ 600 mil, queda de 99,5% ante o resultado negativo de R$ 123,8 milhões registrado entre abril e junho de 2021. O Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 15,5 milhões, baixa de 88,2% anualmente.
Por outro lado, a receita líquida, por sua vez, cresceu 133,5% em relação ao 2T21, para R$ 269,7 milhões, acompanhando o crescimento das reservas consumidas no período, principalmente pela forte procura por viagens fruto de demanda reprimida. Do mesmo modo como flexibilização de restrições para viagens internacionais, retomada de viagens de negócios (a qual favoreceu particularmente a operação do B2B) e reaquecimento do setor de eventos corporativos e culturais.
Apesar da alta da receita, a CVC viu também suas despesas crescerem consideravelmente – as com despesas gerais e administrativas cresceram 30,1%, para R$ 217,5 milhões. Além disso, as de vendas subiram 112,7%, para R$ 64,9 milhões.
“A oscilação nos gastos com vendas é atribuída essencialmente ao aumento do volume de reservas confirmadas e aos maiores gastos com marketing, devido a retomada do turismo e aniversário de 50 anos da marca.
O que esperar?
Depois de um começo de ano ruim, de março para frente “os números só vêm melhorando, e de forma consistente,” o CFO Marcelo Kopel disse ao Brazil Journal.
“Os destinos internacionais estão ajudando muito, e o setor corporativo também está com um crescimento bem acelerado.”
As vendas da CVC (e de todo o mercado de turismo) ainda estão abaixo dos níveis pré-pandemia — mas o gap está fechando.
No segundo tri, as vendas de destinos nacionais foram 78% dos níveis pré-covid, enquanto os destinos internacionais chegaram a 68%. Apesar da melhora operacional, a grande preocupação do mercado é com a estrutura de capital da CVC.
A companhia tem uma dívida bruta de cerca de R$ 1 bilhão.
Ademais, a dúvida é se a companhia precisará fazer um novo aumento de capital. Portanto, diluindo mais uma vez sua base acionária, ou se vai buscar um reperfilamento da dívida com os bancos. (A companhia levantou R$ 400 milhões há pouco mais de um mês numa oferta de ações).
A CVC também prevê ganhos de produtividade significativos quando suas plataformas de front office – para reservas de hotel, vôo e carros – forem unificadas em outubro.
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