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Na última semana, a concessão de crédito para MEIs (microempreendedores individuais) e micro e pequenos empreendedores por meio do Pronampe, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, trouxe ao mercado melhores condições do que as oferecidas tradicionalmente pelas instituições bancárias, mas o programa ainda não atende plenamente o setor, principalmente para enfrentar as condições atuais de crise econômica.
É o que aponta um diagnóstico da Fenacon, a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Link). “Se nós formos comparar o Pronampe de 2020, oferecido na pandemia, com esse que foi liberado agora, a diferença é bem sensível. Porque antes, nós tínhamos juros em torno de 3,5% ao ano, agora esses mesmos juros estão a 19,25%”, aponta Diogo Chamun, diretor legislativo da Fenacon.
Chamun também apontou que o empreendedor ainda lida com os efeitos da Selic, que aumentou na quarta-feira (03/08), na última reunião do Copom.
“Durante a pandemia, a Selic estava em um patamar muito baixo, o que fazia com que os juros girassem em torno de 3,5% ao ano no primeiro Pronampe. Agora, com a Selic a 13,75%, esses mesmos juros estão chegando a aproximadamente 20%”.
O especialista aponta que, somando a Selic e os juros do Pronampe, a linha de crédito específica ao micro e pequeno empreendedor ainda acaba sendo vantajosa, já que os créditos disponíveis no mercado têm juros acima dos 30% ao ano:
“O Pronampe é uma linha de crédito que acaba compensando ao empreendedor e, por ser extensa, disponível até 2024, estima-se que ela vai liberar entre R$ 30 a 50 bilhões para o setor”, conclui.
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