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Chegou o momento de investir em ações de celulose? A celulose é um tipo de material utilizado na fabricação de papel, tecidos, alimentos e outros produtos, sendo tratada no mercado como uma commoditie. Algumas das maiores empresas de celulose incluem Klabin e Suzano, que são opções recorrentes nas carteiras de investimentos da maior parte dos investidores do mercado. Mas será que em 2023 ainda é o momento para apostar no setor?
Por que investir em celulose?
Investir no setor de celulose pode ser uma boa escolha para investidores que procuram aproveitar o crescimento da demanda por produtos de papel e tecidos, além de outros produtos feitos de celulose. Alguns fatores que podem impactar positivamente o setor incluem:
- Crescimento da população mundial: A demanda por produtos de celulose tende a aumentar à medida que a população mundial cresce.
- Desenvolvimento econômico: O aumento da renda per capita em países emergentes pode levar a um aumento na demanda por produtos de papel e tecidos.
- Substituição de outros materiais: A celulose pode ser uma alternativa mais sustentável a outros materiais, como plásticos, e pode ser uma escolha atraente para empresas e consumidores preocupados com o meio ambiente.
Além disso, ações do setor representam uma interessante opção para expor seus investimentos em dólar. Com a cotação do dólar apresentando impacto significativo em empresas de celulose, especialmente as que possuem operações internacionais ou importam matérias-primas. Mas riscos também existem:
- Custos mais altos: Uma taxa de câmbio mais alta pode aumentar o custo das matérias-primas importadas, o que pode aumentar os custos de produção das empresas de celulose.
- Competitividade reduzida: Se as empresas de celulose precisarem aumentar os preços para cobrir os custos adicionais, isso pode afetar sua competitividade em relação a outras empresas que produzem celulose em países com taxas de câmbio mais baixas.
- Receita afetada: As empresas de celulose podem ter uma receita afetada se precisarem aumentar os preços ou se a demanda por seus produtos diminuir devido ao aumento dos custos.
O que dizem os especialistas?
O JP Morgan disse que é difícil se manter otimista com as empresas de papel e celulose diante da deterioração do momentum de lucros do setor.
O banco cortou sua estimativa para o preço da celulose kraft da China de US$ 750/tonelada para R$ 695/t e rebaixou sua recomendação para a Suzano e Klabin de ‘compra’ para ‘neutro’. Os preços-alvos para as duas ações também foram rebaixados para R$ 56 e R$ 24, respectivamente.
A chilena CMPC continua com recomendação de ‘compra’ basicamente por uma questão de valuation. A boa notícia, segundo o banco, é que o preço da celulose deve terminar o ciclo de queda num patamar mais alto do que nos dois últimos ciclos. Em 2020, o preço da celulose encerrou o ciclo de queda em US$ 440/t; em 2021, em US$ 550/t. Dessa vez, o JP espera que o low do preço seja algo na faixa de US$ 600-US$ 650/t, já que as pressões dos custos inflacionários afetaram toda a indústria, principalmente por conta dos maiores custos de madeiras, frete e produtos químicos.
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