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O dólar operou em queda frente ao real nesta quarta-feira (12), chegando a atingir R$ 4,93 após a divulgação do índice de inflação ao consumidor (CPI) de março nos Estados Unidos abaixo do esperado.
O indicador subiu 0,1% na comparação com fevereiro, enquanto o consenso Refinitiv projetava alta de 0,2%. A projeção para os 12 meses era de 5,2%, mas o acumulado ficou em 5,0%. Esse dado pode influenciar as decisões sobre juros do Federal Reserve, levando a uma interrupção do aperto monetário antes do esperado pelo mercado.
A queda do dólar frente ao real é beneficiada pelo fim do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos, que atrai recursos para o mercado de renda fixa norte-americano. Com a possibilidade de antecipação do corte de juros no Brasil, a moeda brasileira se torna mais atrativa para operações de carry trades em emergentes, o que acarreta sua valorização.
Na véspera, o dólar fechou a R$ 5 e fechou no menor patamar desde junho de 2022, tanto por conta dos dados de inflação abaixo do esperado no Brasil quanto pela visão recente de que o Fed pode antecipar o fim do ciclo de altas das suas taxas básicas.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a inflação no Brasil caiu, mas pressões permanecem em meio a um componente de demanda “relativamente forte”. Em apresentação preparada para reunião com investidores organizada pela XP em Washington, Campos Neto disse ainda que as expectativas de inflação de longo prazo estavam ancoradas em 2022, mas desde novembro passado iniciou-se um processo de deterioração.
Às 15h, será divulgada a ata da reunião de março do Fed, que pode mostrar o quão perto o banco central norte-americano chegou de adiar novos aumentos na taxa de juros após a falência de dois bancos norte-americanos. Ainda assim, a expectativa é de que a taxa de juros seja elevada em 0,25 ponto percentual na próxima decisão, o que levaria a taxa para o intervalo entre 5,00% e 5,25%.
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