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Real registra o pior desempenho entre as moedas emergentes

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O real figurou como o terceiro pior desempenho entre as moedas emergentes na última terça-feira (16). À medida que a mudança na meta fiscal e o panorama da economia americana capturaram a atenção dos investidores.

A moeda registrou uma queda de 1,84% em relação ao dólar, que fechou o dia cotado a R$ 5,26. Seu nível mais alto em mais de um ano.

Somente o peso mexicano e a rupia indonésia experimentaram quedas mais acentuadas do que o real hoje, conforme destacado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante sua participação em um evento do FMI nos Estados Unidos. O ministro apontou diversos fatores que estão exercendo pressão sobre a cotação do dólar. Isto inclui indicadores que apontam uma atividade econômica aquecida e uma inflação “ainda não totalmente absorvida” nos Estados Unidos e a escalada do conflito no Oriente Médio. Ainda, em parte, as turbulências decorrentes da divulgação de uma nova previsão para a meta fiscal.

“É preciso “explicar melhor”, ao longo do tempo, o que vai acontecer com as contas públicas brasileiras”. Explica Haddad.

Jerome Powell, afirmou que os recentes indicadores da economia dos Estados Unidos não fornecem confiança suficiente para iniciar uma redução nas taxas de juros do país. Contudo, na semana passada, os dados de inflação nos EUA surpreenderam ao superarem as expectativas do mercado.

“Será alto por mais tempo” — ele diz. — “Os mercados emergentes estão antecipando o corte do Fed, e isso é muito arriscado, já que moedas mais fracas tendem a aumentar a inflação local”.

O clima de aversão ao risco, portanto, eleva rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA. Dólar sobe pelo quinto dia consecutivo. Expectativas de corte de juros do Fed adiadas para novembro.

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No mês passado, o real liderou entre as moedas emergentes em desvalorização, registrando uma queda acumulada de 5,43%.

Levantamento de dados

Após ultrapassar os R$ 5 em 2020, o dólar manteve sua valorização frente ao real em 2021. Até 9 de dezembro, o real já desvalorizou, dessa forma, 6,5%, entre os 40 países com pior desempenho frente ao dólar.

O Brasil ocupa, no entanto, a 38ª posição, com desempenho inferior a países emergentes como Índia (58ª, -3,2%), México (42ª, -5,4%), Rússia (102ª, +1,1%) e China (107ª, +2,3%), segundo dados de 119 bancos centrais.

A valorização do dólar se intensificou durante a pandemia, aumentando a incerteza nos mercados globais e levando investidores a retirarem seus investimentos de países considerados arriscados, como o Brasil. Além disso, a baixa taxa Selic entre 2019, 2020 e início de 2021, contribui para esse cenário. Assim, tornando os rendimentos de investimentos em títulos do Tesouro menos atrativos.

Nos últimos meses, a incerteza em torno da política fiscal. Os receios sobre o respeito ao teto de gastos, tem sido um fator significativo para a alta do dólar. Além disso, a falta de progresso nas reformas Administrativa e Tributária, consideradas essenciais pelos investidores, também influencia negativamente.

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Últimas atualizações registradas às 09:35. Aguardando novas informações e posicionamentos sobre a colocação do Real.


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