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O Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar, até o fim do dia, o resultado da segunda reunião de 2022 para definição da taxa básica de juros. A expectativa é de que a Selic suba entre 100 e 125 bps (basic points), ou seja, a taxa deverá passar de 10,75% para 11,75%, podendo chegar até a 12% ao ano.
A elevação, neste patamar mais forte, deve-se à pressão inflacionária. O IPCA, sigla para Índice de Preços ao Consumidor Amplo, em fevereiro de 2022, ficou em 1,01% e, nos últimos 12 meses, acumulou 10,54%.
Com o reajuste dos combustíveis, os produtos e serviços sofrerão com o aumento de custos e poderão ter forte aumento de preços, já que o controle da Selic é a principal ferramenta para conter a inflação dentro da política econômica nacional.
“Assim como a inflação é preocupante, fazendo com que o dinheiro perca poder de compra, a elevação expressiva da taxa de juros também merece atenção, pois esta é uma das formas de retirar dinheiro de circulação”, explica Luciana Ikedo, assessora de investimentos e sócia no escritório RV4 Investimentos.
Segundo a especialista, a alta da Selic contribui para que o custo do dinheiro no país fique mais caro e assim, financiar um veículo, um imóvel ou mesmo contratar um empréstimo pessoal também pode ficar mais difícil.
“Mediante o resultado da definição, é importante ficar atento às taxas de crédito e financiamentos”, reforça Luciana.
Em contrapartida, os investimentos de renda fixa são os que mais se beneficiam neste cenário. Os investidores com perfil mais conservador já conseguem a tão sonhada taxa de 1% ao mês com ativos de baixíssimo risco.
“Para aqueles que ainda insistem na poupança, é preciso lembrar que depois que a Selic atinge os 8,5% ao ano os ganhos são travados em 0,5% a.m. + TR e que na comparação com outros investimentos conservadores, a distância dos rendimentos fica ainda maior”, finaliza a especialista.
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