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Reviravolta na trajetória: Irmãos Batista voltam ao conselho da JBS

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Joesley e Wesley Batista voltarão ao conselho da JBS (JBSS3) após a assembleia de 26 de abril, conforme anunciado em comunicado à CVM pela empresa.

Este retorno marca uma reviravolta significativa, já que os irmãos enfrentaram anos de controvérsias e processos judiciais, em caso envolvendo suposta manipulação de preços e uso indevido de informação privilegiada (insider trading) em negócios realizados pela JBS e pela controladora J&F Investimentos. A Companhia afirmou que atualmente eles não são réus em nenhum processo.

A empresa está ampliando seu conselho de 9 para 11 membros para incluir os controladores. Apesar disso, a maioria permanecerá independente (7-4). Os dois membros do conselho nomeados pelos controladores são José Batista Sobrinho, fundador da empresa, e Jeremiah ‘Jerry’ O’Callaghan, atual chairman da JBS.

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O retorno dos irmãos ocorre oito anos após o “Joesley Day”, que incluiu a gravação do presidente Michel Temer, abalando o mercado financeiro. Dois meses atrás, voltaram ao conselho da Pilgrim’s Pride.

Wesley e Joesley Batista ingressaram na JBS aos 17 e 16 anos, respectivamente, liderando sua modernização de um frigorífico goiano para a maior empresa de alimentos do mundo. O anúncio coincidiu com um fraco quarto trimestre para a JBS, com uma queda significativa no lucro líquido devido ao ciclo bovino desfavorável.

A Companhia registrou um lucro de R$ 83 milhões (botton line) no trimestre, muito abaixo das projeções dos analistas (sellside) de R$ 997 milhões, representando uma queda anual de 96%.

O CFO Guilherme Cavalcanti afirmou em entrevista que o lucro líquido é “difícil de projetar pelos analistas devido aos efeitos não recorrentes”.

“Esses R$ 900 milhões de diferença para o consenso parece muito, mas se você olhar o tamanho da JBS é algo que está dentro da margem.” Afirma ele.

Um efeito não recorrente afetou o lucro do trimestre, visto que, a JBS pagou cerca de R$ 300 milhões em acordos antitruste para resolver processos judiciais. “Eram class actions onde percebemos que gastaríamos mais continuando o processo do que fazendo um acordo.” O EBITDA também ficou ligeiramente abaixo das projeções: o mercado esperava R$ 5,4 bilhões, mas a JBS entregou R$ 5,1 bi.

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Demais segmentos e geração de caixa

Os únicos resultados positivos foram na receita, com a empresa alcançando R$ 96,3 bilhões em comparação com os R$ 92,2 bilhões do consenso, e na geração de caixa livre, que atingiu R$ 4,3 bilhões, crescendo 6 vezes em relação ao ano anterior e superando as projeções dos analistas em 26%.

O CFO ressaltou a melhoria na geração de caixa como destaque do trimestre, resultado de melhorias operacionais e liberação de capital de giro.

As margens EBITDA da Austrália, Pilgrim’s Pride e segmento de porco atingiram ou se aproximaram de dois dígitos no trimestre: 10,3%, 9,3% e 9,8%, respectivamente. O CFO indicou que todos os segmentos estão melhorando, exceto o JBS Beef North America, previsto para uma recuperação consistente em 2026.

“Além disso, já começamos o processo de desalavancagem, que deve continuar ao longo deste ano.” Afirma o CFO

No quarto trimestre, portanto, a alavancagem da JBS diminuiu para 4,4 vezes o EBITDA, comparado a 4,8 vezes no trimestre anterior.

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