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Atual presidente do Peru com 53 anos, Pedro Castillo, chamou a atenção da mídia internacional ao declarar nesta quarta-feira (7) que estaria dissolvendo o Parlamento do país e convocando novas eleições. Contudo, logo depois foi destituído do cargo e preso por “permanente incapacidade moral”.
Ele foi eleito em julho de 2021, em uma eleição apertada, derrotando a conservadora Keiko Fujimori. Ele ficou conhecido no cenário nacional em 2017, após liderar uma greve de professores de quase três meses exigindo aumento de salários.
A vitória surpreendente nas urnas acabou contestada, sob alegações de fraude. Ele assumiu o cargo apenas seis meses após o resultado do pleito.
As eleições, muito polarizadas, sinalizaram um país profundamente dividido em meio a uma crise política, como também nas áreas de Saúde e Economia.
Em um país com eleitores decepcionados com seus políticos tradicionais, ele acabou sendo uma grande surpresa no primeiro turno das eleições do país.
Em sua campanha, Castillo chegou a prometer desativar o Tribunal Constitucional, afirmando que a Suprema Corte do país defendia a “grande corrupção”. Mas depois, mudou de tom e prometeu seguir a Constituição “enquanto ela estiver em vigor”.
Destituído do cargo e preso
Depois que Pedro Castillo decretar estado de exceção, uma sessão de emergência do Parlamento foi convocada, e o presidente destituído por “permanente incapacidade moral”.
A moção teve o apoio de 67 parlamentares e admitida em debate com 101 votos a favor. Seis parlamentares votaram contra, e houve 10 abstenções.
O Congresso convocou Dina Boluarte, vice-presidente de Castillo, para assumir a presidência. Ela deve ser empossada às 15h de Lima (17h de Brasília).
Em um vídeo, os procuradores Patricia Benavides, Zoraida Ávalos, Pablo Sánchez e Juan Carlos Villena afirmaram que o presidente tentou dar um golpe de Estado e que nenhuma autoridade pode se colocar acima da Constituição.
Apoio do PT a presidente golpista
O presidente do Peru que teve três impeachments também é apoiado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil. Veja a seguir em nota oficial no site do PT a declaração aberta de apoio ao presidente golpista do Peru:
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