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A tarde desta quarta-feira foi marcada por um importante momento do cotidiano do mercado: a reunião do Copom. O conselho, responsável por definir a meta da Selic anunciou suas novas expectativas para o mercado, e trouxe uma série de preocupações para analistas. Afinal, o ciclo de alta vai continuar?
Assim, a expectativa geral era de uma redução nos aumentos dos juros. Pelo menos, era o que indicava o Copom em sua última ata, quando a taxa de juros foi ajustada para 10,75%. No entanto, com a eclosão do conflito na Ucrânia e suas decorrentes consequências para a inflação, o ciclo de alta deve continuar.
Afinal, o Banco Central elevou os juros básicos da economia em um 1 ponto percentual, de 10,75% para 11,75% ao ano, maior patamar desde abril de 2017. No entanto, o que chamou a atenção, mais uma vez, foi o comunicado que acompanhou a decisão. No texto, o Comitê de Política Monetária (Copom) adotou um tom mais hawkish, preocupado com deterioração do cenário inflacionário global, em função da Guerra da Ucrânia, e até mesmo com uma piora da situação fiscal no Brasil.
Vai continuar subindo?
Contudo, não dá para dizer que o Copom não cumpriu com que o havia sinalizado no comunicado da reunião anterior, em fevereiro. A autoridade monetária de fato reduziu o ritmo de alta de juros, que vinha sendo de 1,5 ponto percentual para 1 ponto. Porém, sinalizou que deve fazer um novo ajuste de mesma magnitude na próxima reunião. Economistas já começam a prever Selic acima de 13% este ano e acreditam cada vez menos na possibilidade dos juros serem reduzidos ainda em 2022.
Caio Megale, economista-chefe da XP, disse que ainda não mudou seu cenário para Selic, que está em 12,75%, no fim do ciclo de aperto monetário. Para ele, a ata desta última, que vai ser divulgada em breve, “nunca foi tão importante” para explicitar os cenários que o BC está vendo, ainda mais em um momento em que o “mundo está mudando muito”.
Por onde caminhar em terrenos perigosos?
Com a alta dos juros, investidores começam a repensar suas estratégias de investimento. Afinal, a cada aumento do copom, os investimentos em renda variável ficam menos “apetitosos” para os investidores mais conservadores.
Quem é mais arrojado na hora de aplicar o dinheiro e busca sempre a maior rentabilidade (assumindo os riscos envolvidos) pode ter a oportunidade de lucrar ainda mais.
Se até mesmo a poupança, conhecida da maioria dos brasileiros, está mais atrativa, saiba que investir em crédito privado imobiliário rende mais que o dobro da caderneta, modalidade de investimento que desperta cada vez mais o interesse dos investidores de renda fixa, que desejam ir além dos CDBs.
O crédito privado do ramo imobiliário pode render mais que 60% que um CDB que pague 110% do CDI em 24 meses, de acordo com Roberto Zanchi, economista da CapRate.
Para mostrar o benefício do crédito privado frente às demais opções de investimentos em renda fixa, o economista, separou dois cenários de investimentos: o primeiro a partir de R$ 1 mil e o outro a partir de R$ 15 mil.
Ambos foram calculados com prazo de resgate de 24 meses.
O rendimento da nova renda fixa
Investimento | Rendimento (R$)* |
---|---|
Crédito Privado CapRate | 368,90 |
Poupança | 150,69 |
CDB de 90% do CDI | 186,19 |
CDB de 110% do CDI | 229,72 |
Fundo DI | 198,53 |
Tesouro Selic | 204,12 |
Investimento | Rendimento (R$)* |
---|---|
Crédito Privado CapRate | 5.533,49 |
Poupança | 2.260,28 |
CDB de 90% do CDI | 3.066,31 |
CDB de 110% do CDI | 3.786,41 |
Fundo DI | 3.283,56 |
Tesouro Selic | 3.368,12 |
Ademais, o movimento de alta trás novas e diferentes expectativas para a economia em geral, e principalmente para seu bolso! Portanto, não deixe de clicar aqui para conferir mais detalhes de como a mudança na taxa de juros, pode ser o diferencial para você começar a lucrar de verdade no mercado de capitais brasileiro em novas modalidades de investimento!
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